sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Mergulhando em Bilbao




Todos os textos que fui postando enquanto andava por fora, foram fruto do iPad, muito portátil, bastante versátil, mas, ainda assim, pleno de limitações.
É o teclado que induz em erro, são as fotografias que não têm qualidade, são ainda os caprichos do "zingarelho" que quando inopinadamente surgem, não há como revertê-los - principalmente eu, cuja competência na matéria é o que é.

Posto isto, sabe-me muito bem, no meu habitat, escrevinhar umas coisinhas, como agora faço.

Ainda p'ra mais, a tarefa tem o seu quê de recreio, já que, só agora dei por terminadas as hostilidades no que à arrumação diz respeito. Não que esteja tudo perfeito, mas, quem é que quer ser perfeito? Está, asseguro, habitável e controlado - malas desfeitas e arrumadas, máquinas de roupa sucessiva e consecutivamente ativadas, refeições "alinhavadas" - que me recuso a sair para jantar! -  enfim, estou em casa.

Vamos, então, às fotografias, que são muitas e bastante elucidativas.

O tempo, esse caprichoso,  nunca foi de pleno Verão. Quente, é certo, mas com trovoada ao longe e perpétua ameaça de chuva, a que já me referira AQUI!



Bilbao é uma cidade interessantíssima que merece todas as visitas.
Não se limita ao fabuloso museu GUGGENHEIM!
Não!


Toda a cidade é extraordinária.

Convem escolher um hotel no centro, de preferência com garagem.
Ficámos no Ibis Centro, com preço razoável, restaurante aceitável e localização excelente.
Além disso, este, tal como todos os hotéis  da cadeia Accor admitem cancelamento, em norma,  até às 18 horas do próprio dia, sem qualquer custo o que facilita toda e qualquer mudança de planos.



Por isso, sou fã incondicional desta marca- desde que exista, é onde me hospedo.



Pertíssimo fica a Gran Via, a artéria principal com edifícios majestosos e lojas para todos os gostos - embora predominem as cadeias que se encontram em qualquer cidade europeia.


Muitas das ruas são exclusivamente peatonais e nelas proliferam bares, restaurantes e esplanadas - povo mais festeiro do que os espanhóis, não conheço!

O exterior apresenta-se irrepreensivelmente cuidado ...


Com janelas e varandas floridas.
Passei o tempo de pescoço torcido, soltando "Ohs" de espanto!




Quando descobri este limoeiro num exíguo primeiro andar, confesso, emocionada, quase me descontrolei, com ímpeto  de tocar à campainha e felicitar os "jardineiros" apaixonados!

Ñão faltam espaços verdes, mas, suspeito que os locais, precavidos,  emigram em Agosto dando lugar aos turistas.


A partir da Gran Via, atravessando uma ponte, entra-se no mundo misterioso , quase medieval, do Casco Antiguo, o espaço mais interessante que se pode imaginar.

Encontrei um antigo mercado - o mercado da Ribeira - transformado em vários pequenos restaurantes, onde o verbo "tapear" concretiza o seu real significado:







São mesas e balcões e cadeiras e tapas e paellas e vinho e cidra e jamon e quesos e  ...
Uma delícía!
Um delírio de imaginação!
Uma festa à mesa, como os espanhóis tão bem sabem fazer!






















Saí!
A custo!
Saí, porque não tinha fome. Mas tive muita pena de não a ter!


Mergulhei em ruelas que se chamam "Kale" e espreitei mundos e mundos. Exóticos, diferentes, alegres ...





Não fiz compraras.
Olhei!
Enchi os olhos  ...









Adorei a diferença ...

Sorri e afaguei este hyppie florido ...

... estes bascos inusitados ...

E enterneci-me com este puro e visível amor aos bichos, nossos irmãos.

Foi aqui que fotografei a imagem chocante do homem no lugar do touro, lembram-se?



Esta!

Não por acaso, não!
Aqui, assume-se sem pudor que a tourada é barbárie!


Continuei!
Perdi-me num estranho emaranhado "gótico", com seres perfurados por "pregos",sarrabiscados por tatuagens, indiferentes ao mundo, numa coexistência pacífica imperturbável!



Amo, amei Bilbao!

Tantas as vezes que visitei esta cidade ... e tantas as descobertas, como se, de um mundo que se renova a cada minuto, se tratasse.

Estes são os meus olhos.
E nada mais subjectivo do que o olhar!
Esta a minha leitura, entusiasmada, admirada.
Tantas outras serão possíveis!
Tantas quantos os olhos que em Bilbao passeiem.

Amanhã partimos.
Com pena.
Com entusiasmo.
Continuaremos descobrindo o País Basco.

Beijo
Nina