terça-feira, 18 de julho de 2017

Cortinas, cortinados, reposteiros e estores ...


Vesti todas as minhas janelas.
 Gosto do conforto que aportam cortinas, cortinados, reposteiros e estores, de modo que, se em algumas (poucas) apenas tenho estores que subo ou desço de acordo com a incidência solar, noutras, tenho cortinas e reposteiros - o que acontece com o quarto que acabei de reformar.

É tudo muito bonito, muito confortável, mas, chegada a hora de retirar, lavar e recolocar, é que são elas!
Eu que o diga que acabei de enfrentar todas as fases, uma vez que todos foram lavados e para isso retirados, para, mais tarde, serem recolocados.
Vou contar:

As cortinas de tecido fininho colocadas junto ao vidro lavam muito bem na máquina, ainda mais se a sua natureza original for ligeiramente enrugada, como é o caso.
Então é só subir ao escadote, retirá-las dos ganchos em que estão presas, lavá-las a 40 graus com centrifugação forte e recolocá-las sem a menor necessidade de secagem.
 Muito fácil, embora a operação "dependurar" seja tudo menos agradável, mas ... faz-se!

O pior, o verdadeiramente penoso, está para vir .

Tem o nome de reposteiros.
Estes são forrados, são pesados, são imensos!

Retirei-os com esforço.
Depois olhei-os e avaliei-os, concluindo ser tarefa impossível para a máquina de lavar com capacidade de 5 Kg.

Levá-los à lavandaria para limpar a seco estava fora de cogitação, atendendo ao absurdo que cobram - quase valeria mais a pena investir em reposteiros novos.

Lembrei-me - e bem - da lavandaria self service!
Lá fui, com os monstruosos dos reposteiros enrolados em trouxa na mala do carro.
Chegada, falei com a funcionária pedindo ajuda, solicitando sugestões - o que sempre se tem revelado de uma utilidade imensa. Elas é que sabem! Eu não!

Aconselhou-me a lavá-los a 30 graus, secando seguidamente a 50. Aceitei, correndo o risco de que se estragassem.
Paguei 12€ e esperei que, pelo telefone me avisassem logo que prontos.

1 hora mais tarde, depois de avisada, passei a recolhê-los, ainda ligeiramente húmidos.

Passá-los a ferro era, verdadeiramente, missão impossível, portanto, continuando a ouvir os conselhos da empregada, tratei de os pendurar, assim mesmo, chegada a casa.



Foi penoso.
Foi extremamente cansativo.
Foi doloroso, ouso dizer!

Largos minutos com os braços erguidos,
 uma mão tentando encaixá-los nos respetivos ganchos,
 a outra, segurando-os, suportando  peso considerável



Finalmente o primeiro ficou no sítio ...

... e depois, o segundo!

Acho-os ligeiramente "quebrados" em relação ao aspeto anterior ...

... mas estão escrupulosamente lavados, sem sombra de pó.

Ainda por sugestão da senhora da lavandaria, hoje, já completamente secos, beneficiarão de aspeto se, sobre eles passar o vapor da "vaporetta".
Fá-lo-ei mais tarde.

Para já, assim a quente, com os braços doridos, asseguro que não volto a submetê-los a nova lavagem, na medida em que me recuso a submeter-me a tão medieval tormento - braços no ar, insuportável peso nos ombros, tudo em instável equilíbrio sobre um escadote, sugere-me, assim de repente, a tortura da Inquisição.
Credo!
Não quero mais!

Beijo
Nina