domingo, 19 de março de 2017

Coisas ...


Na última quarta-feira comecei a sentir-me estranha, era uma dor surda ao engolir, era uma ardência no nariz, eram os olhos que lacrimejavam sem motivo.
 Oh! diabo! estarei a chocar uma gripe?
 Eu que até me vacinei muito contrariada ...
 Será?- Interrogava-me.
Era!
Na quinta-feira dissiparam-se as dúvidas.
 Um mal estar difuso, uma impaciência, um não querer nada que me incomodava. 
Feito o teste do termómetro lá veio o veridicto inquestionável - quase 39 graus!
 Como me sentia mal!
 Como me sentia desgraçada!
Tratei de me hidratar com litradas de chá, muito mel, muito limão e um antipirético.
Sobrevivi depois de uma noite insone - o quadro , vá-se lá saber por quê , agrava-se imenso durante a noite!

Sexta-feira  a situação estabilizou. A má disposição manteve-se, mas a temperatura desceu
. Passei à fase dos lenços, caixas, montanhas de lenços  e um nariz transformado em torneira.
Segui-se a tosse, uma tosse irritativa, seca, alérgica, malvada ...

Sábado atrevi-me a sair embrulhada e sufocada por trapos.
É que a cabeça exigia espairecer.

Foi ainda um dia mau - almocei fora, mas jantei em casa, enterrada num sofá, com pouco ânimo, que estas viroses fazem tão mal à alma como ao corpo.

Hoje, dia do pai, sinto-me verdadeiramente melhor, capaz de preparar o almoço para o pai desta família - que correu muito bem, muito obrigada - e já com ideias e vontade de fazer coisas.

Inventei detalhes para inovar a decoração, que, como todos sabemos, nunca, mas nunca, está concluída, já que a decoração é um estado de espírito, um contexto que nos determina na mesma medida em que a determinamos, numa acção tipo estrada de dois sentidos.
Pronto!
Farto-me de aqui e noutros espaços e ambientes, repetir o meu conceito de decoração, uma coisa viva que apenas estará concluída quando ( o diabo seja surdo ...) eu por ela deixar de me interessar - o que será sinónimo de muito desagradável situação!
Adiante ...

Não sendo adepta de artificialidades, não o sou igualmente de flores ou plantas artificiais salvo raras e honrosas excepções.




É que as ditas flores artficiais têm vindo a ganhar uma perfeição no acabamento que, até ao toque enganam 

Sobre a bancada de uma casa de banho resolvi compor um flamejante ramo de narcisos ...

... e que bem ficaram, e que bem alegram o ambiente!

Noutro local, num mundo azul, coloquei quatro fantásticas tulipas brancas ...


Misturadas com a folhagem de orquídeas, brilham!

O termo é esse ...

Brilham ...

Este tipo de flores são caras, são muito caras!
Ainda assim dou por muito bem empregue o dinheiro já que aportam vida e alegria à minha casa.
Não peço mais!
Quero harmonia, um toque de cor e alegria e um profundo sentimento de vida.

Estarei sozinha nesta avaliação face às flores artificiais?
Acham-nas lindas?
Acham-nas intoleráveis?
O que acham?

Beijo
Nina