terça-feira, 29 de novembro de 2016

Almofada

Sou como sou! E não mudo (muito)!
Sou de entusiasmos! De grandes e irreprimíveis entusiasmos e, quando gosto, não me limito a gostar, não! Gosto muito, gosto muitíssimo . De tudo, das pessoas, das situações , das coisas.
Portanto - está-se mesmo a ver ... - estou longe, muito longe das cabeças certinhas que não iniciam projetos sem terminarem os anteriores!
Não sei se é bom ou se é mau, mas até ao momento não vi que viesse mal ao mundo com os meus entusiasmos.
Por isso, passear pelo Pinterest é exercício de pura tentação permanente!
Lá vou arquivando o que me agrada, mas, às vezes, muitas, muitas vezes, embarco de imediato no desafio, confrontando-me com meia dúzia de trabalhos começados e inacabados.
Em minha defesa, devo dizer que, mais tarde ou mais cedo, concluo tudo!

Posto isto, de momento , vejo-me com:

- Uma camisola/blusa jacquard;
-Um xaile;
-Um casaco jacquard;
-Um esquema em ponto de cruz;

Como se fosse pouco, AQUI encontrei uma cobertura para almofada, em tricô, irresistível:




Cable Knit Pillow Cover Pillow Gray Pillow Decorative Knit Pillow Handmade Home Decor 16x16
ESTA!

Agrada-me, particularmente, esta óbvia maneira de fechar a almofada! Não sei como ainda não me ocorrera esta solução.
Já não me agradam as almofadas que apenas têm uma das faces tricotadas, sendo as costas em tecido.
Gosto assim - tudo em tricô!
Esta cor não tem nada a ver com a minha decoração e por isso nunca a escolheria. Prefiro o branco, os beges, os castanhos ...

Vi ainda NO MESMO SÍTIO, uma sugestão engraçadíssima que consiste em aproveitar as costas e frentes de camisolas/blusas caídas em desgraça e com elas costurar as mesmas almofadas.

Conclusão, entre mãos - nestas mãos inquietas e desassossegadas - nasce agora uma almofada em tricô.
Os pontos deverão ser vistosos - quanto mais trabalhados, mais bonita a almofada.
Mostrarei esta meia dúzia de trabalhos incompletos à medida que mereçam ser vistos - isto é, se entretanto não mergulhar num outro qualquer desafio  ... sou menina para isso, sim senhora!

Beijo
Nina



domingo, 27 de novembro de 2016

Novo Xaile



Isto de tecer xailes - como, aliás, tudo na vida ... - só custa o primeiro, que a principio, com o seu aspeto enigmático, pode assustar, qual bicho de sete cabeças!
Felizmente - repito! - tal apenas ocorre com o primeiro!
Esse, o meu primeiro, pode ser (re)visto AQUI!



Tricotadas as primeiras voltas, tudo passou a fazer sentido e,
 em vez de difícil, tornou-se divertido.


Gostei tanto dele ( senti tamanho orgulho ... confesso!) que afirmei :
- É meu, só meu, muito meu!

Afinal ...
Já o ofereci!
E o  prazer de o colocar nas mãos de uma grande amiga, ultrapassou largamente o  da posse!

Voltei, portanto, ao ponto de partida, ao zero em matéria de xailes, isto é, não tenho nenhum.
Podia muito bem repetir o modelo, mas, já agora, por que não inovar?
Foi o que fiz!

Na (nossa) portentosa escola, - refiro-me, evidentemente à NET - onde tudo se encontra, onde todos os mistérios são esclarecidos, deparei -me com um novo modelo - um novo desafio, portanto!


Tem o estranhíssimo no de ...
VIRUS SCHAWL ...


Não imagino o por quê de tão estranha designação.


É, porém, através dela que se abrem inúmeros sites onde o modelo se encontra representado e explicado (é só procurar ...).

O grau de dificuldade é zero!

Exige apenas atenção nas primeiras voltas que se repetirão tantas vezes quanto o tamanho desejado.

Aqui o início, uma circunferência  preenchida com um certo número de pontos altos ...
 a partir daí prossegue-se, sempre repetindo as primeiras voltas.

Neste momento, consegui esta dimensão, usando dois novelos esquecidos numa gaveta.

Quero que cresça muito mais. Quero um xaile amplo, um xaile grande, um verdadeiro xaile que me agasalhe nas noites de serão.
Logo, torna-se necessário o reabastecimento e amanhã tratarei do assunto ...
Palpita-me que o programa será muito agradável ...
Entrarei na loja de lãs para comprar dois novelos, mas não sei com quantos mais sairei!
Melhor programa não há, não pode haver!

Beijo
Nina

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Black Friday





Sob a designação de Black Friday foi-nos oferecida uma sexta-feira muito complicada.
 Em termos de trânsito, refiro!
Quem se aventurar a sair vai encontrar uma gigantesca confusão, um entupimento generalizado. Portanto, se não for absolutamente vital, não saiam.
No shopping é a loucura, com as lojas oferecendo mais de 20% de desconto.
 Um horror!
 Não quero!
 Não adiro!

Tanto mais que online se podem fazer, com todas as vantagens, todas as compras.
Este é um conceito importado ( mais um ...) que garante umsa subida abrupta no volume de vendas.
De novo - por quê entrar neste louco e esgotante desafio se, sem sair de casa, se obtêm as mesmas vantagens?
Não percebo!
O defeito é seguramente meu!
 Devo ser muito, muito antiga! 

A piorar o cenário, hoje o tempo está péssimo, um dia de Inverno rigoroso com muito vento, muita chuva e muito frio. 
Da minha janela vejo assim:




4 da tarde, quase noite!
Tudo cinza!

Ótimo para ficar em casa!
Do exterior trago detalhes!

E cozinho!
Um bolo. no caso, de banana - que guardei congeladas e agora apliquei.


Sequinho!
Excelente para acompanhar um chá de menta.

Feito na (maravilhosa) Bimby, assim:

3 ovos
100g de manteiga
70g de óleo
240g de açúcar
350g de farinha
1 c. de chá de fermento
1 c. de chá de bicarbonato
1 c. de sobremesa de canela
3 bananas




Misturei:
Ovos, óleo, manteiga e açúcar;
Acrescentei farinha, fermento, bicarbonato e canela;
Por fim as bananas.

Já está!

Depois , forno.
Quase 1 hora. 
Teste do palito!
Seco?
Pode ser desenformado! 
Que bom!


Acompanha com chá de menta!

Muito, muito melhor que mergulhar na Black Friday.
Garanto!

Beijo
Nina

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dióspiros


Gosto tanto de dióspiros , que resolvi dar-lhes  tempo, espaço e visibilidade!

Nas minhas distantes memórias de criança, o dióspiro surge envolto numa atmosfera de certa repugnância!
Eu era uma enjoada - só gostava de bananas!
 E os dióspiros com a sua suculenta polpa laranja, desfazendo-se num creme quase liquefeito, horrorizava-me! 
De tal modo que nunca provei! 
Recusava-me.
 E odiava sem nunca ter experimentado, como só as crianças sabem odiar, com um quase nojo, igual ao que dedicava a uma inúmera quantidade de alimentos ... peixe, sopa, vegetais, feijão , sendo estes apenas os que de momento me ocorrem, mas que servem para perfeitamente caracterizar a criaturinha difícil que então eu era.

Feita que foi esta introdução - que apenas prova como, às vezes, os sapos viram príncipes - no caso princesas, princesas com boa boca que gosto de (quase) tudo e tudo me sabe muito bem - foquemo-nos nos dióspiros - que a isso venho!

Assim que os vejo à venda, alucino!
Mesmo!
E desato a comprar!
Às caixas para que não se me acabe a reserva.


Às vezes trago-os maduros, maravilhosamente maduros, prontinhos a ser comidos. Outras vezes vêm mais verdes, mais durinhos...
- Leve assim que amadurecem rápido e não se estragam na viagem - aconselha a vendedora.
Obedeço.
Porém, não devia sem  antes me esclarecer.
É que existe uma variedade que não amadurece, isto é, permanece dura ad aeternum, que é como quem diz - até à eternidade!

Como assim?
Como é possível?
Como assim sabotaram indecentemente o objeto da minha gula?
Então não é que foi criada uma variedade a que chamam dióspiro maçã?
Cruzes!
Credo!
Odeio!
Definitivamente, odeio (como só as crianças enjoadas sabem odiar ...)



Para quem não conhece, nunca ouvi falar ou nunca viu ...

Assim se apresenta, farsante!
Parece dióspiro, mas não é dióspiro!
Parece delicioso, mas não é delicioso!
É apenas uma versão mentirosa do paradigma  da delícia que é o verdadeiro, o genuíno dióspiro.
Isto, esta coisa é o tal dióspiro maçã.

Comprei uma enorme caixa.
Guardei-os esperando que amadurecessem.
Estranhei.
Nunca mais amadureciam.
E então fez-se luz:
- Tinha sido enganada, vilmente enganada, constatei - quase com lágrimas nos olhos!

Que fazer?
Olha ...


Um cheescake ...

... um cheesecake de dióspiro, inspirada pela PRATA DA CASA!
Obrigada, Márcia!


Com os restantes, seguindo a receita de compotas da Bimby, preparei esta  à qual acrescentei dois kiwis receando a excessiva doçura.




Pronto!
Aprendi a lição ... leiam nos meus lábios:
-Dióspiro maçã não é o mesmo que dióspiro!
Entendido!?

Vamos então aproveitar os verdadeiros, os autênticos, os legítimos dióspiros que nos esperam em qualquer pomar ou frutaria ...
Já agora, desaconselho as grandes superfícies - lugar ideal para todos os equívocos.

Beijo
Nina

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Camisola/Blusa Top/Down


Já AQUI falei da camisola/ blusa tricotada segundo o método top/down.

( Digo camisola/ blusa porque, no Brasil o termo "camisola" tem um significado completamente diferente - creio que designa "camisa de dormir! 
No Brasil, o que para nós é "camisola" lá recebe o nome de "blusa".
 Deixo o esclarecimento.)

Queria muito aprender está técnica porque o que menos me agrada no tricô são as costuras, sempre inestéticas. 
Com este método, as costuras desaparecem.
Por outro lado, tem ainda a vantagem de permitir que a "peça" seja vestida e experimentada ao longo de todo o processo, com as vantagens que daí advêm.

Apesar de todas estas inegáveis vantagens, embirro um bocadinho com a execução das mangas que exigem a aplicação do magic loop ou - o que para mim ainda é pior - a utilização de 4 agulhas ... e eu não sei tricotar meias ...
 😢😢😢

Vencidas as dificuldades dei por concluída a empreitada ...
Ora vejam!




Veste bem e é quente ...


Combinei com calcas cinza e botas ...

É quase uma túnica, com o comprimento indispensável para usar com este tipo de calças  ...



E vão duas!
Refiro-me ao número de camisolas/ blusas até agora tricotadas.

Nas agulhas, uma terceira que vai avançando.

Só à noite, depois de jantar lhes pego, sem pressa ... E é um gosto vê-las crescer!

Não sei que mais diga, que mais argumentos use para vos convencer, meninas indecisas, a pegarem nas agulhas e produzirem!

Beijo
Nina


domingo, 20 de novembro de 2016

Frio e chuva!


 O Inverno chegou antes da data prevista e hoje tivemos um domingo muito frio e chuvoso.
Há, contudo, que ver o aspecto positivo das situações  e todas têm o seu lado positivo, mesmo quando chove e faz frio. No caso, a oportunidade para vestir a camisola/ blusa nova que, quando concluída, tinha mostrado.
Não se lembram?
- Mostro de novo:



Gostei muito de a tricotar usando um processo diferente e completamente inovador para mim:
- Utilizei agulha circular e, começando na barra inferior, segui tricotando como se de um cilindro se tratasse.

 Só quando atingi a altura da cava é que prossegui separadamente, costas e depois frente, ao mesmo tempo que rematava para formar a cava raglan.

Atingida a altura pretendida, guardei em suspenso as malhas que, no final foram apanhadas juntamente com as das mangas, de modo a tricotar a gola.

Ambas as mangas foram tricotadas ao simultaneamente, mas estas com costura.

Como disse foi esta a minha primeira tentativa para anular as costuras laterais - com excepção de uma camisola/blusa executada segundo o método top/down, que brevemente mostrarei.


Esta veste muito bem. Por isso gosto de "canelados" ou "tranças" - sempre ajudam a que a peça se adapte ao corpo.

Vesti-a com uma saia de pele preta, meias opacas pretas e sapatos de verniz, sem salto, também eles pretos.
E gostei!
 Com este método penso ter descoberto um processo infalível para tricotar, em que tudo assenta como uma luva.

O Inverno promete ser longo e rigoroso!
Eu, se fosse a vocês, minhas lindas, comprava uns novelinhos e começava imediatamente a produzir peças únicas e originais.
Precisando de ajuda - já sabem - é só dizer!

Boa semana!

Beijo
Nina

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Decoração, flores, Outono ...


Não é preciso ser decoradora ou designer de interiores - como agora se diz - para saber intuitivamente que as flores são uma importante mais valia na decoração de uma casa.
 Já todos sabemos!
Só que as flores duram pouco e são caras - também todos sabemos.
O que se calhar não sabemos - ou ainda não nos ocorreu - é que podemos ter a casa cheia de flores verdadeiras - não sou fã das artificiais - gastando nada ou quase nada.
Como?
Recorrendo às flores secas, concretamente às hortênsias (também conhecidas pelo nome de hidrângeas),  fantásticas, frescas ou secas.


Estas, sobre uma cómoda num hall de entrada sombrio, eram cor de rosa quando frescas e agora ganharam esta tonalidade mesclada de bege, rosa e verde, linda, linda!

O facto do ambiente ser sombrio, não as perturba, porque há muito cessaram a sua função
 clorofilina ou fotossíntese, dispensando, pois, a luz.

Cresceram em vasos no meu terraço e foram apanhadas quando começavam a perder o vigor.

Cortei os caules na altura pretendida, retirei todas as folhas e introduzindo as hastes num recipiente com água - no caso, nesta mesma jarra.

Não me preocupei mais!
Deixei que a água evaporasse.
Nesse momento as flores estavam secas , prontas a perdurar.

Prefiro agrupá-las com as hastes bem curtas, de modo a formarem esta espécie de novelo florido.

Por aqui as hortênsias frescas desapareceram, mas deixo a dica para ser aplicada numa próxima estação, a quem a ideia agradar ou a quem ainda puder colhê-las.

Para além destas belezas sequinhas, recorro aos vasos floridos que, acabadas as flores, serão movidos para o exterior esperando a floração do próximo ano.


Envasada , tenho esta e outras suculentas - zygocactustruncatus - este é o seu estranhíssimo nome em latim.

Florescem perto do Natal ...

... e de cada haste brota uma flor!

Não podiam ser mais maravilhosas!

Este vaso desabrochou na varanda.
 Não sei como se irá comportar cá dentro.
Estou atenta!
 Ao mais leve sinal de enfraquecimento, voltará para o exterior.
Entretanto vai cumprindo a sua função -  a de me extasiar!

A varanda está em festa!

Com clívias que brevemente mostrarão as suas gigantescas flores espampanantes!

Outras plantinhas cumprem também, em pleno, a sua função ...

... como é o caso dos festivos crisântemos ...

... e das urzes!

Até as suculentas com quem não costumo ser bem sucedida, se mostram simpaticamente saudáveis.


Acho que o aparente sucesso se deve ao facto de não me ter entusiasmado com as regas!

Acrescento que, com excepção das hortências, todas as plantas vieram do Lidl, onde são vendidas frescas e saudáveis a um preço imbatível!

E pronto!
Em termos de flores, decoração e Outono, estamos conversados!
Não há desculpa para ter a casa tristonha, com cara de Inverno rigoroso, pois não?
As CLÍVIAS chegaram ontem e cada uma custou menos de 3€ - no sítio do costume!
Vou mostrá-las quando desabrocharem!
Dir-me-ão então se valeram ou não o dinheiro!

Beijo
Nina

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Echarpe!

 Acho que lenços, cachecóis, xailes  e echarpes são acessórios muito importantes no dia a dia. Tanto no Verão como no Inverno. Mas, é claro, mais no Inverno.

Tenho uma quantidade razoável, umas compradas outras oferecidas. O que eu ainda não tinha era uma echarpe feita por mim. Agora já tenho!


Esta!
 Vamos lá à história - que tudo tem história ...

Deambulando pela net encontrei um site de costura - há muitos, muitos, muitos ... - onde o assunto era Echarpes e Lenços!

À primeira vista estamos perante um simples quadrado ou rectângulo de tecido, certo?
- Certo!
Só que o dito quadrado ou rectângulo necessita de uma bainha , mas não de uma bainha qualquer - tem de ser muito, mas mesmo muito fininha!
E aí é que a coisa se complica!
Pois como é que eu, simples curiosa vou conseguir tal proeza?

Foi então que entraram os ensinamentos da divina e sacrossanta NET!

Há que costurar, primeiro,  uma dobrinha à volta do tecido;
Aparar o excesso pela linha de costura;
Voltar a dobrar e coser mesmo pela "beirinha".

Resulta!
Funciona!
Um sucesso!


Esta echarpe mais não é que um retalho pelo qual paguei 5€!
Costurei a bainha ...

... e fiz um "vistão"!
Digam lá se não parece mesmo um lenço caríssimo?
Pois parece!
Mas, na verdade, não passa de um humilde retalhinho!

Moral da história:
- Vou abastecer-me de retalhos;
- Vou oferecer lenços e echarpes a todas as amigas e familiares;
- Vou ser um sucesso!

Assim, fácil, fácil!

Portanto ... mãos à obra!
(Não é necessário agradecer)

Beijo
Nina

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Vamos cozinhar almôndegas?


Vamos cozinhar almôndegas?


Estas?
Vamos?
Então, vamos!

Ontem, quando falei de cozinha, de cozinhados e dos meus gostos e preferências nesse capítulo, mostrei as (minhas) almôndegas e o (meu) bolo de abacaxi invertido.

Não inclui receita porque me pareceu que não seria interessante. Enganei-me! Afinal há quem tenha interesse no petisco - concretamente, nas almôndegas!

As "minhas" almôndegas são minhas apenas porque me apropriei da receita há muiiiiiitos anos atrás quando nem suspeitava qual o procedimento que dava origem às bolinhas suculentas.
Não sabia, mas aprendi.
Aprendi onde quase tudo me foi ensinado -  N' O livro de Pantagruel!
Li-o como quem lê um tratado, uma enciclopédia ... nele bebi todos os ensinamentos, dos mais elementares aos mais sofisticados, quando não sabia praticamente nada acerca do tema culinária. 

Ainda hoje, este  é o meu livro de culinária preferido, no meio das centenas, dos milhares que aparecem (e desaparecem) continuamente nas prateleiras das livrarias.

É, portanto, do Pantagruel, a receita que utilizo e transcrevo:


ALMÔNDEGAS À BOURGUIGNONNE

Carne picada - 750g
Ovos - 2
Caldo de carne - 1/2 litro
Vinho tinto - 2 e 1/2 dl
Cebola média picada - 1
Sal, pimenta, pão ralado, margarina e óleo - q.b.


Amassa-se a carne com os ovos, sal, algum pão ralado (1 c. de sopa), e a pimenta;
Tendem-se bolinhas que se passam por farinha e se fritam levemente numa mistura de óleo e margarina;
Refoga-se a cebola com um pouco de margarina, sem deixar fritar;
Despeja-se o caldo de carne e o vinho e logo que levanta fervura, juntam-se as almôndegas;
Tapa-se e deixa-se estufar em lume muito brando, cerca de 50 minutos;
Prova-se o molho, que devido à farinha deve estar grossinho,  retificando os temperos;

Serve-se muito quente com puré de batata ou arroz branco ou massa.

Acrescento que a carne picada poderá ser de vaca, frango ou porco ou uma mistura das três.
Como divertimento, às vezes, no interior de cada bolinha, coloco uma azeitona sem caroço - é inesperado e divertido.

Pronto!
Missão cumprida!
Qualquer dúvida é só perguntar à tia Nina,



Beijinhos
Nina

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Na cozinha ...


Não gosto nem quero passar horas na cozinha, embora goste de cozinhar e ( modéstia aparte ) goste dos meus cozinhados.

Por outro lado, não me dou nada bem com pressas. Comigo conduzem fatalmente ao desastre.
Mas, é claro, isso é comigo, essa sou eu, querendo não perder tempo na cozinha e simultaneamente não se encaixando num esquema de 15 minutos - como o Jamie Olivier que o prova, comprova e demonstra na TV. 
Defeito meu, está provado.

Mas então - perguntarão - como associar pretensões que se excluem?

À moda antiga, mesmo antiiiiiga - quando se iniciava a preparação do almoço às 10:00 - almoço que seria servido às 13:00.
Só que - sublinho - ninguém permanecia na cozinha adorando panelas. Não! Elas eram deixadas em paz preparando lentamente, muito lentamente o repasto.

Pois é assim que eu gosto!
Chamam-lhe slow food!
E tudo leva o seu tempo!

Concretizando:

No frigorífico tinha um abacaxi descascado.
Abacaxi azedinho - ninguém lhe pegava ...
Condenado ao lixo, portanto!

Porém, além de não me dar bem com pressas, ou-me ainda pior com o desperdício ...
E saiu bolo!

Daqueles invertidos, com fruta no topo e forma forrada com caramelo!

Num passe de inspiração, aproveitou-se o abacaxi e providenciou-se sobremesa - para várias refeições.

Assou durante 45 minutos e, entretanto ...
 Enquanto  assava, preparei almôndegas que serão servidas com uma qualquer massa/pasta , não numa, não duas, mas três vezes, que a coisa rende!


Borbulham na panela num molho de vinho tinto temperado com ervas!

Se é rápido?
- Não, não é rápido! É demorado, que os sabores levam o seu tempo!

Porém, multipliquei o tempo!
Preparei as almôndegas enquanto o bolo assava.
Neste momento, o bolo está pronto, arrefecendo como convem e as almôndegas continuam o seu delicioso banho, numa calda que não ferve - fervilha, digamos!
Sem pressas!
Falta cozer a massa/pasta - no caso espirais/ fusili, que regados com o suculento molho serão de comer rezando!

É, pois, assim, à moda antiga, lentamente, porém sem a escravatura presencial, que se prepara a verdadeira comida portuguesa.
A melhor do mundo, como sabemos!

Beijo
Nina