quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Setembro


Setembro já não é o que era!
Pelo menos, no Algarve, não é!
Onde estão as praias quase vazias?
Onde estão?

Vejo um areal ocupado, muita gente, muito movimento.

É certo que o ano letivo, este ano, começa mais tarde - ouvi dizer que só no dia 21 - e por aí passará a explicação para esta nova situação.
Os hotéis continuam com ocupação quase máxima e, nos restaurantes a afluência é grande.

Egoísta, vim à procura do Setembro de outros anos, de um Algarve livre de hordas de turistas. Por isso programei esta despedida de férias, este adeus à praia, em Setembro.
 Enganei-me!
Por essa Europa fora tenho assistido ao regresso às aulas ... aqui, é o que se vê.
Ainda assim, consigo desligar e recerregar baterias para os meses que se avizinham.
Na praia, é só caminhar umas centenas de metros e lá está a paz.
Nos restaurantes, é aparecer pelas 19: 00 h e não se nota a confusão que, começa a surgir no momento exato em que, terminado o jantar, saio.

Apenas quando a tarde acaba e a luz se adoça, reencontro o Algarve de outros tempos, o meu Algarve de Setembro:


Dirijo-me ao restaurante, enquanto a maioria continua na praia.

A serenidade é total.


Ouve-se o silêncio ...

... respira-se a paz!

Olho a ria que, na maré baixa, se esvazia.


--- sem ruído ...

... sem espalhafato.

Não temos tido dias de Algarve, no que ao tempo diz respeito.
Tem soprado um vento constante  e a água arrefeceu.


Ainda assim, esta serenidade de fim de dia não tem igual.


Algarve é Algarve!

Tenho lido desabafos de amigas algarvias que suspiram pelo fim do verão, pela desocupação de turistas que lhes roubam a paz e os hábitos.
Compreendo o queixume, próprio das zonas turísticas, onde os habitantes desenvolvem com os "invasores" uma espécie de relação de amor/ódio - por um lado agradecem/necessitam da sua presença, por outro, detestam sentir-se invadidos e despojados dos seus hábitos quotidianos.
São as duas faces da mesma moeda, a que não há como fugir.

Ainda assim, repito, Algarve é Algarve.

Beijo
Nina