sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Bacalhau à Gomes de Sá

Continuando na onda dos aproveitamentos, retirei hoje do congelador uma caixa contendo três postas de bacalhau cozido, sobreviventes da última noite de natal.
Há 100, ou 1000 maneiras de cozinhar bacalhau, ou não fosse eu portuguesa. Porém, não sou fã da maioria, ou porque o bacalhau fica seco como palha, ou porque obriga à junção de natas, ou ainda porque, frito, absorve muita gordura.

Em resumo, gosto francamente de um bom lombo de bacalhau cozido com todos, de bacalhau espiritual - este, quando o rei faz anos, dadas as malditas das natas - e ainda e principalmente de Bacalhau à Gomes de Sá cuja receita publiquei há muito tempo, quando ainda geria o blog Na cozinha da Nina, que acabei por encerrar, dada a completa impossibilidade de o manter atualizado ... mas isso é outra conversa que não vem ao caso.

Ao caso, vem a repetição da minha receita:



Bacalhau à Gomes de Sá


É um clássico da gastronomia portuguesa.
Não há quem não goste e existem restaurantes que guardam ciosamente o seu segredo na confeção deste prato.
Eu faço-o assim, como aprendi no Livro de Pantagruel:

INGREDIENTES

3 postas grandes de bacalhau demolhado
750 g de batatas
3 cebolas médias
2 dentes de alho
3 ovos cozidos
Salsa, louro, pimenta e azeitonas descaroçadas q.b.

PREPARAÇÃO

Coze-se o bacalhau e, depois de escorrido, divide-se em pedaços, retirando toda a pele e espinhas.
Separadamente, cozem-se as batas em água temperada com sal, que, depois de cozidas, se cortam em pequenos cubos.
Aloiram-se as cebolas cortadas às rodelas e os alhos picados, em bastante azeite.




Vai-se mexendo para que não queime e acrescenta-se o bacalhau, uma folha de louro e as batatas, refogando levemente.
Retira-se do calor e dispõe-se o preparado numa travessa que se enfeita com o ovo cozido, as azeitonas e a salsa picada.
Pode esperar no forno, de calor muito baixo, para ser servido, ganhando o prato um sabor mais intenso.


Foi, pois, este o post, em que , lá muito atrás, divulguei o meu bacalhau preferido.

Hoje, vou repeti-lo, com entusiasmo acrescido, porque, como uma criança feliz com brinquedo novo, também eu, deliro com a minha nova / linda / eficiente / e, infelizmente, caríssima, nova panela LE CREUSET que veio comigo de Andorra e a quem não paro de olhar, embevecida:


Não é uma beleza, um Rolls Royce? Não é?
Pouco passa das 5 da tarde.
Vou, no entanto, assim que terminar este texto, para a cozinha.
Vou namorar a nova panela.
Vou preparar Bacalhau à Gomes de Sá!

Beijo
Nina