sexta-feira, 27 de junho de 2014

1140 - Risoto de camarão


No jantar em que, como entrada, comi a SALADA DE FIGOS, como prato pedi o RISOTO DE CAMARÃO!

Vá-se lá saber porquê, esta abundância calórica em nada se reflete no meu peso, talvez porque coma de tudo, em pequenas quantidades.
 Mas, para o caso, esta minha especificidade não é aqui chamada ... e penso, como os povos antigos - que perante um evento feliz, como era o nascimento de um saudável filho barão, choravam baba e ranho ... -  não devendo a gente espicaçar os deuses provocando-lhes invejas e más vontades.
Adiante, portanto, antes que uma praga me atinja e eu engorde com água!

Pois bem, neste jantar mais que perfeito, provei, no restaurante Jerónimo e Noélia, em Cabanas, Tavira, este indescritível risoto.
Servido na panela, aquoso, como se de um arroz malandro se tratasse, imediatamente despertava os sentidos, começando pelo olfato que, disparava ordem de tiro às glândulas salivares que, obedientes, imediatamente abriram fogo ... e foram rios de água na boca.



A receita que atrás disponibilizo, é um clássico como tantos outros presentes na NET. Garanto que não atinge os,  primores da Noélia, que não é génio quem quer, mas apenas quem possui a capacidade de golpe de asa que permite a elevação ao patamar da excelência.
OK! Falo de arroz! Não falo de uma obra de arte! Mas, asseguro, este risoto, se fosse pintura, seria um Picasso.

A visível liquidez é aparente, isto porque a presença  do queijo lhe confere corpo!
E os espargos selvagens, o travor ideal!
E o grau perfeito da cozedura do arroz, a consistência exata!
E os camarões cozinhados no ponto  o forte sabor a mar!
E os gigantes - um por comensal -  momentos de deliciosa gula!

Se fosse poema, este arroz seria soneto!
Isto se vivêssemos num mundo perfeito em que aos génios fossem atribuídos os louros!

Beijo
Nina