domingo, 2 de março de 2014

1059- O trapilho ...


O trapilho é um material de recursos infindos que não para de me surpreender. Quando menos se espera, surge uma oportunidade de o aplicar com resultados excelentes na decoração, já que é de decoração que falo, sabendo, embora, que noutros campos, como a moda, é igualmente inestimável.

Como, algures referi, tenho a sorte de possuir um espaço amplo, envidraçado, com excelente exposição solar, onde, sem esforço nem ciência, consigo criar um mundo vegetal muito agradável. 
Decidi pintar paredes e teto num verde chá, que de facto, se aproxima do pistachio.
É uma cor forte, que não passa despercebida e, por isso mesmo, exige moderação nas conjugações, sob o risco de se transformar em espaço carnavalesco, já que estamos em tempo dele.
Daí que, para além das múltiplas plantas, faço questão que a paleta de cores se reduza ao branco e ao tal verde de forte personalidade.
Sobre o pavimento de tijoleira, alguns tapetes num rosa que se confunde com a superfície de fundo e que, apenas por questões económicas - tinha os tapetes e não tinha onde os colocar - aí são usados. Em tempo oportuno, porém, serão substituídos.

A vista de conjunto é agradável, mas ... há sempre detalhes a mudar, melhorias a levar a cabo.
Essa é a natureza de uma casa, realidade nunca concluída, nunca pronta, a não ser que se recorra a um profissional e que decidamos mantê-la intocável.
Esta é uma opção tão louvável como qualquer outra, só que a mim não se aplica.
Tenho, inevitavelmente, que meter as mãos na massa, ainda que o resultado final se encontre distante da perfeição.

Toda esta introdução para chegar ao trapilho e às suas imensas possibilidades.
Sobre esta mesa , entre outros pormenores, repousava um cilindro de vidro resguardando um vaso de terracota.
Deu-me para embirrar com a vista.
Vaso feioso, com ar sujinho.
Nã!!!!!! Não gosto!

Tratei de o forrar.
Comecei com um fio de lã grossito e ele eram voltas e mais voltas e ainda mais voltas e, o revestimento que era bom, nada de surgir.

Para grandes males ... grandes remédios.
Com trapilho branco e verde vesti o trambolho!

Reorganizei a mesa ...

... retirei, acrescentei, troquei detalhes ...

... e ...

... até a um próximo ataque de fúria revolucionária, ficará assim. A meu ver, muito mais harmonioso, muito mais local de paz e contemplação como pretendo que seja.
A toalha que recobre a mesa redonda, e toca o chão, foi a minha primeira aventura no mundo das costuras, já lá vão 3 anos.
Qualquer dia substituo-a por branco ou verde, dentro da lógica que guia as minhas escolhas. E chegará a vez das almofadas que, por acaso, são verdes, mas que, se bem me conheço, ganharão outra cara, quando já não puder mesmo suportar a sua aparência. Uma questão de tempo,
Ainda bem que só às coisas aplico esta fúria demolidora ...( se fosse ao marido às pessoas...)

Beijo
Nina