sexta-feira, 26 de julho de 2013

Malas!

Refiro-me às de viagem, às que é suposto encher de uma forma racional, às que mantêm comigo uma incontornável relação de amor/ódio.
É que não nos entendemos.
Precisamos uma da outra, mas não nos entendemos.
Em suma, não sei fazer malas.
Já li tratados, conselhos, avisos... em vão. Nada resulta.
Levo tralha a mais, que regressa amachucada, imprestável, pronta para a lavandaria ou para a máquina.
Levo tralha a menos. Passo frio de rachar por falta de um agasalho. Apanho molhas monumentais, por falta de guarda-chuva.
Compro sapatos para me acudirem em aflições de chuvadas diluvianas.
Compro roupa fininha, assada no calor tropical que, inusitadamente, de propósito, na hora em que chego, incendeia os países nórdicos.
Sempre, mas sempre, se alguma coisa tem que correr mal, corre no momento da minha chegada.

Já fiz malas por cores.
Tudo a combinar com tudo. Tudo em declinações de bege e branco.Tudo insuspeito.
Nem assim!
Ou está demasiado calor, ou demasiado frio.

Aprendi - foi essa a última aprendizagem - que o esquema é , deve ser outro:

Jeans, escuros, sempre jeans. Casando com t-shirts lisas que se mudam diariamente.
Um agasalho, tipo sweater, um impermeável, um guarda-chuva, ténis e sandálias, um par de cada.

Assim me organizei. Cega, sem pensar em combinações, sem pensar em ocasiões especiais de jantares elegantes.
Nada.
O princípio é estar limpa e confortável.
O bom gosto, o estilo fica para depois.
Na mala, metade de metade da tenda que costumo carregar.
Se faltar, para uma ocasião especial, algo insubstituível, olha, azar, compro!

Sinto-me rebelde, hippie e liberta.
É bom!
A ver como corre.

Beijo
Nina