segunda-feira, 1 de julho de 2013

Linho!

Uma espécie, infelizmente,  em vias de extinção!
Exigindo um procedimento artesanal complexo, é, cada vez menos comercializado, sendo que a sua manutenção é exigente.
Nada, porém, se compara a uma branquíssima toalha de linho . A mais banal das mesas  eleva-se se por ela coberta.
Digamos que é um tecido de antigamente, quando havia vagares para a ele dedicar tempo e cuidados.
Ainda que exigente, submeto-me, adoradora do linho, do seu toque único.
Nada se compara a enxugar o rosto num puro linho. Experiência única!
Pois bem, concluída que foi a renda dos passarinhos, tratei de a aplicar:




Enfeitará uma toalha de linho, pois então!
Esquecida no fundo de uma gavete dormia esta fronha de dimensões desaquadas às almofadas que utilizo.
É uma fronha de puro linho, com bainha aberta muito trabalhada e monograma de parentes há muito desaparecidos.
Enternece-me! Foi bordada com todos os cuidados por uma noiva apaixonada que nela entrançou a sua inicial com a do futuro marido.
 A vida tem destas coisas.
Como poderia aquela menina prever que esta fronha viria acabar nas minhas mãos?

Desfiz a costura e, uma vez aberta, vou fazer bainhas ao longo de toda a sua extensão e, no topo, aplicarei os passarinhos.
Daqui nascerá uma toalha de mãos e rosto delicada, imaculada no seu puro branco, que iluminará a  minha casa de banho como um sol.

Beijo
Nina