quarta-feira, 12 de junho de 2013

Coração ...

Não sou pessoa dada a corações. Não sou! Já fui, mas passou-me. Ou acreditei que me tivesse passado, gastos que foram todos os corações na adolescência, quando eram dois, sobrepostos, entrançados e, - oh! coisa mais profunda!!!- trespassados por uma seta, mais que trepassados, eternamente ligados pelo espeto metálico perfurante que, dos ventrículos, fazia gotejar sangue. E havia nomes, identificação gravada no músculo cardíaco. Coisa para a eternidade!
Quem nunca desenhou dois corações nestes preparos, não foi adolescente, não quis morrer de amor, não sofreu os horrores do ciúme, nem levitou nas nuvens da eterna paixão! Não sabe o quanto perdeu!
Pois bem, eu mergulhei de cabeça nessa tempestade emocional e, portanto, desenhei muitos corações.
Mas, como disse, passou-me!
Ou julguei que me tivesse passado, até que neste mundo em que me perco, em que devaneio, em que o meu pensamento viaja, os encontrei novamente.
Corações de tecido, de tricô, de crochê!
Muitos, soltos pela casa, em bandeirolas festivas.
Achei graça, mas, ainda assim, não me tentei.
Até que encontrei os corações que me roubaram o coração.
Estes:


Em lã, em crochê ..
Fofos, recheados com manta acrílica ...

... salpicada com umas gotas de essência de lavanda ...

...irão perfumar o interior dos roupeiros, colocados entre cabides ...

...ou no interior de gavetas.
São lindos, alegres, perfumados e emprestam um ar cosy ao ambiente das nossas casas.

Feito o primeiro, já se sabe, impetuosa, iniciei outros:


Quase concluídos ...

... e mais dois, já prontos. Falta ligar as duas metades, rechear e pendurar.
Atacada pela febre dos corações, prevejo uma chuva, uma invasão, de todas as cores, todos lindos, todos perfumados.
Será um gosto, uma surpresa colorida e perfumada  abrir as portas dos roupeiros, abrir gavetas de roupa, para já não falar de todos os outros que enfeitarão puxadores.

A receita?
Tirei-a daqui.

Beijo
Nina