sábado, 6 de abril de 2013

Este bacalhau ...


... é uma coisa!
Nem sei que nome lhe dar. Não é bacalhau com natas, nem bacalhau espiritual... é uma coisa!
Daqueles pratos que se preparam com antecedência e que ganham com a espera.
Daqueles pratos que permitem que a cozinheira brilhe, linda e perfumada, como se tivesse uma legião de empregados na cozinha preparando o jantar.
Assim é este bacalhau.
Digamos que é perfeito.
Comprei-o congelado, em embalagem de três postas, numa daquelas promoções em que pela compra se obtem 50% de desconto a acumular em cartão.
Gosto de bacalhau congelado, que, paciente,  na gaveta da arca, espera a sua vez, evitando apuros de última hora à dona da casa.
Ter bacalhau congelado é não ter problemas.
Aconselho, portanto! Ainda mais se vem com o brinde do desconto!


Cozi as postas, ainda congeladas, em pouca água e nenhum sal durante 5 minutos.
Retirei do calor, deixei que arrefecesse e dividi em lascas, retirando peles e espinhas.
Guardei a água da cozedura.
Cortei 5 cebolas em fatias muito finas e fritei-as, com um pimento verde, cortado fino, lentamente, com pouco azeite, até ficar a cebola ficar molinha e transparente.
Juntei meio copo da água da cozedura do bacalhau, o bacalhau,  um pacote de camarão grande, congelado e descascado e uma embalagem de natas de soja.
Deixei que levantasse fervura, temperei com pimenta e uma folha de louro e desliguei o fogão.

Isto, foi ontem, antes de jantar.

Hoje, terminei o petisco.
Aqueci levemente o preparado e juntei batatas em palitos fininhos, fritos, mas não tostados.
(Calculei uma batata por comensal).
Com a água sobrante da cozedura do bacalhau, fiz um bechamel espesso, temperado com pimenta, noz moscada e muito sumo de limão (no caso, 1 limão inteiro). Depois do molho arrefecer, juntei-lhe 2 ovos batidos e 4 colheres de sopa de queijo ralado.
Quanto ao sal, NADA!

Metade do molho irá para o preparado.
Despeja-se num prato fundo que possa ir ao forno e cobre-se com o restante bechamel que se salpica com abundante queijo.
Vai ao forno a gratinar.
E come-se. Como se não houvesse amanhã. Esquecendo dietas, regimes e contenções. Come-se desalmadamente, com um vinho branco gelado.
A cozinheira,essa,impecável, como se não tivesse passado pela cozinha.

Beijo
Nina