quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Rabanetes

Acho graça ao rabanete!
Até ao próprio nome ... soa-me a nome de palhaço, a vegetal que não deve ser levado muito a sério...
São, contudo, falsamente humildes, já que a sua polpa branca e fresca oferece um inusitado travo picante que levanta o ânimo à mais enfadonha salada.
Esta,veio daqui sendo uma entrada colorida ou uma refeição leve para os mais frugais.




Num outro dia, no supermercado, enquanto esperava na fila da caixa, dei de caras com uma exposição de pacotes de sementes. 
Uma daquelas exposições estrategicamente colocadas para não deixar que o cliente ocupe espaço e respire o ar do templo do consumo, sem consumir.
Esperar é chato!
Ninguém gosta de esperar e, já que tem de ser, enquanto se espera, compra-se.
Que raiva me faz esta minha incapacidade de resistir à armadilha.
Caio mais vezes do que gostaria e, portanto, caí!
Atirei para o carrinho uns quantos pacotinhos de sementes. Entre eles ... rabanetes.
Ao chegar a casa, despejei (literalmente falando ...) as sementinhas numa floreira desocupada.
Entretanto, vieram dias de chuva.
Entretanto, esqueci-me da sementeira.
Entretanto, isto:

Toda a superfície da floreira repleta de caulezinhos verdes.
Viçosos, só que um pouco amontoados.
Têm que ser mondados! explicou-me uma entendida.
O que significa que não podem permanecer neste aperto e há que proceder à transplantação, o que já foi feito.

Ainda assim, afastando as folhinhas, eis o que se vê:
Pimpões, reluzentes, cabecinhas de rabanetes!


Estes já estão na bancada da cozinha para que espevitem a salada de alface do jantar.

E, assim de repente, fui invadida por louca ânsia de semear, porque, inesperadamente, a natureza afável fez questão de provar que, com um nada, os gestos têm consequências, no caso, resultados suculentos e vermelhos.

Beijo
Nina