domingo, 30 de junho de 2013

Sem fotos ...

Não sei explicar, do alto da minha quase completa ignorância, mas apenas constatar que as fotos de Cerveira, efetivamente, sumiram.
Tenho pena, porque a partilha valia a pena.
Fica adiada para um próximo testemunho.
Hoje, agora, aqui, na margem do Douro, abençoando a brisa, suporta-se a baforada quente que persiste.
Será um domingo de refúgio em casa, um domingo de zoeira, de provas de automóveis que, quase à minha porta enchem o ar de barulho.
É tempo de fugir para férias que lá para o final do mês nos esperam.

Entretanto, pondo à prova a minha "competência", consegui importar as fotos fugitivas.
É favor consultar o post de ontem!

Beijo
Nina

sábado, 29 de junho de 2013

Vila Nova de Cerveira ...


35 graus!
Não era calor o que pedímos?
Não era Verão?
Pois aqui estão eles!
Calooooor!
Muito calor e pleno Verão!

Olha o céu!

As ruas empedradas de Cerveira estão assim, cobertas por 1000 chapéus de sol coloridos, em festa, festa de Verão!

Esplanadas cheias. Litros e litros de cerveja gelada jorrando sem trégua.
É bom! Talvez um pouco bom de mais. Muito, muito quente.


Do outro lado do rio Minho, o Lagar, meu restaurante de muitos almoços de sábado.

Casa rural, antiga, oferece como instalação uma sala que dá para o esterior, sobre o rio, a minha sala preferida.
Como opção, ainda duas outras, interiores, intimistas, com lareira para dias de Inverno.
Nas traseiras, o quintal.
Sob a ramada, mesas vestidas de branco e acomodação para os amantes do ar livre.

É um local agradável, composto, produzido.
Os vasos de barro conferem-lhe um certo ar de jardim ...

...  e, ao fundo, o lagar, o tal que batizou o restaurante.
À noite, velas, muitas velas compõem o cenário.

Nestes dias quentes, almoça-se entre fetos e árvores ...

...numa penumbra que, por momentos, dilui o calor.

Não me importaria nada de , na minha própria casa, dispôr de um espacinho fresco e tranquilo como este!

Beijo
Nina

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Cozinhando ...


... por atacado!
Acontece!
Cheguei do supermercado e, em vez de congelar as embalagens de carne, resolvi cozinhá-las.
Cebolas e alhos, ingredientes indispensáveis, mas chatinhos de manipular dado o cheiro que deixam nas mãos, já estavam descascados, guardados hermeticamente no frio.
Meio caminho andado, portanto.
Com uma cama com eles feita, parte-se para a confeção de uma imensa variedade de pratos.

Começando pelo chique boeuf bourguignone.
Com tomates maduros, vinho tinto e temperos arrojados, assim está, fervinhando devagarinho, até que a carne atinja a consistência desejada.
Antes de servir, receberá uma chuva de cogumelos salteados, sendo o molho então engrossado, de modo a que escorra, preguiçoso da colher, ensopando o arroz branco que o acompanhará.

 Noutra panela, Caril de frango.

Será servido com fatias de fruta fresca e um arrozinho apaziguador do picante.

Comprei moelas.
Gosto muito, com fatias de pão torrado e um voluptuoso molho de cerveja.

Estagiam na panela, sem necessitarem da minha douta presença...
... o que é muito agradável e libertador.
Libertadores vão ser os próximos dias com almoço e jantar preparados, esperando no conforto do frigorífico.
Se demorou muito?
Não! coisa de meia hora e, panelas tapadas, é deixar que os sabores se apurem sem a intervenção da cozinheira.

Beijo
Nina

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nada aquece o coração como um velho amigo!


É a mensagem deste bordadinho.
O esquema chegou-me da  Nina Dias (obrigada, querida!), sendo um adorável entretenimento.
É um bordadinho simples, despretencioso, facílimo de realizar, ideal para as noites de televisão de Verão.
Conclui-se rapidamente e poderá ser aplicado numa enorme variedade de projetos.

Enfeitando almofadas, sacos, painéis ... enfim, tudo o que a imaginação sugerir.

Já recebi o segundo esquema que não tardarei a iniciar.
Até ao dia 30 de Junho podem inscrever-se neste desafio, mesmo quem apregoa que não sabe bordar.
É que se aprende a bordar, bordando, e se os primeiros pontos nascem hesitantes, rapidamente ganham rigor e acerto, garanto, eu que não domino a técnica.
Limito-me a gostar, que nisso, sou boa!

Beijo
Nina

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Finalmente ...

... consegui que os quadros saíssem do chão e voassem, como estava previsto, para a parede.

Mede aqui, acerta ali, marca acolá... foi uma epopeia colocá-los nos locais que me agradavam e acertá-los de acordo com o esquema.
Não foi fácil, mas, finalmente, depois de muito pó, muito barulho e muito acerto, lá conduzimos o barco a bom porto.
Ficou assim:

O espelho dourado, virou branco e foi, apartir da sua localização, que se desenvolveu todo o esquema.

Os quadrinhos!
Ficaram maravilhosos com a moldura. Gosto tanto deles que não me canso de agradecer à Nina,
graças a quem fui capaz de tal proeza.

Tinha, há muito tempo, um conjunto de bordados em ponto de cruz que, permaneciam escondidos, incompatíveis com a decoração que, entretanto, desenvolvera.
Resolvi resgatá-los.

São três.
Ingénuos e despretenciosos ...

... ocupando agora esta parede azul.

Mais virão, que o conjunto agrada-me.

Entretanto, a cadeira recebeu o novo estofo e assim, sem pressas, o conjunto vai tomando forma.
Tudo azul. Tudo azul e branco.
Como gosto!
Como imaginei!

Beijo
Nina

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Melhor ...

... Cada dia, melhor. Assim tem evoluído o tempo. Dias cada vez mais limpos, mais livres de vento, mais calmos e mais azuis.
 Tem sido uma praia deliciosa. Até mesmo a temperatura da água do mar subiu um pouco.
O areal imenso está quase deserto.
Um ou outro casal e alguns cães, felizes, sem trela, numa felicidade plena de louca liberdade.
É aproveitar agora, que dentro de dias, com as enchentes em férias, aos cachorros será interdito o acesso ao areal.
E olhando o mar, o céu, o vazio, ouvindo as ondas, cheirando o sargaço e sentindo o bafo quente do sol, têm transcorrido estes dias. Sem relógio, nem horário, nem telefone.
Um pouco mais  e voava, solta e liberta. Feliz.
As noites quentes permitem jantares ao ar livre, em esplanadas perto do mar.
Dele nos chega, fresco, imaculado, o peixe, apenas grelhado, apenas peixe.
E depois a cerveja, muito gelada, borbulhante.
E o silêncio da noite calma, ainda deserta da agitação de Verão.
Assim , seguramente que assim, será o paraíso.

Beijo
Nina

sábado, 22 de junho de 2013

Chegou!

Com um dia de atraso, é certo, mas chegou!
Chegou de mansinho, silencioso, sem fazer alarde, mas chegou!
Chegou o Verão!
Chegou em toda a sua glória, com um profundo céu imaculadamente azul.
Sem réstia de nuvem, sem ponta de vento.
Chegou ameno. Chegou delicioso.
E nós, tontos de incredulidade, entregámo-nos aos seus afagos, feitos de doces brisas, de suave voo de aves.
Deitados na areia, olhos semicerrados, olhando o vazio, respiramos o Verão.
Tão bom, tão desejado!
Foram nove meses de frio, de céu cinza, de tanta chuva.
Agora, é só entrega.
Entrega sem reticência, entrega plena ao arzinho quente que nos toca a pele.
Hoje foi assim.
Hoje chegou o Verão!

Beijo
Nina

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A banhos ...

Hoje, primeiro dia de Verão, fugi para o sul. Num fim de semana que tentarei esticar!
A banhos, como outrora se dizia.
Sol, algum.
Vento, mais do que seria desejável ...
Mar feito lago.
Água gelada, agressiva, quase assassina, de partir o osso.
Ainda assim, valeu a pena.

Deixarei meros apontamentos.
Depois, muitas fotos e histórias e o que mais surgir.

Beijo
Nina

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Prosseguindo a remodelação ...

... a passo de caracol, dado o infeliz precalço que sofreu o pintor, dou-me tempo para tomar decisões.
Numa ou duas horas,brevemente, tudo estará concluído.
Os móveis estão prontos e pouco mais haverá a fazer.


Esta, que em tempos funcionou como lavatório, é a mesa onde localizei o meu PC.
Tem tampo em mármore, numa preciosa combinação de brancos e cinzas.
Sobre este tampo, na sua origem, existia um conjunto de bacia e jarro que solucionava as necessidades higiénicas básicas, em tempos distantes, quando numa moradia existia apenas uma casa de banho.
Em cada quarto era obrigatória a sua presença.
Esta mesa pertenceu a meus remotos antepassados e foi-me oferecida pelos meus pais.
Apresentava-se na sua cor primitiva de mogno, que tratei de eliminar com a pintura.
Ficou bem mais leve , bem mais harmoniosa.

Para além do PC, umas caixinhas recicladas que vesti em tonalidades de azul ...


Acontece que este tampo de pedra é extremamente frio, extremamente desconfortável, ao fim de um certo tempo de uso, em contacto direto com os braços que nele se apoiam.
Daí que resolvi vesti-lo, em nome do conforto.

Farei um caminho, utilizando sobras de tecidos aplicadas na sala.
Gostava que fosse um patchwork fácil e simples.
Gostava que fosse um patcwork para iniciantes.
Gostava de receber ajuda, sugestões, links.
Gostava que me ajudassem.
Vá!
Ajuda, precisa-se!

Beijo
Nina



quarta-feira, 19 de junho de 2013

E compensa viver aqui?






Compensa!
Economicamente, compensa em absoluto.
Um pouco mais alto que em Portugal é o preço das casas. Sem dúvida que é mais caro. Mas, tudo, ou quase tudo o resto é igual ou mais barato.
A comida, por exemplo...
Comprando no supermercado para cozinhar em casa, os produtos são ao mesmo preço ou ainda mais baratos que em Portugal.
Se decidirmos jantar no restaurante, aí as coisas mudam de figura, já que os serviços são caríssimos.

A gasolina, um bem que se reflete em variadíssimos custos, é mais barata.

As autoestradas são gratuitas.

O vestuário tem preços interessantíssimos, existindo uma enorme variedade de oferta, em lojas tipo outlet que vendem restos de coleções de roupa de muito boa qualidade, a preços irrisórios.
Confesso, mesmo, que não resisti e numa loja Karen Millen, adquiri umas coisinhas lindas a preços muito convidativos.

Depois, todo esta avaliação se realiza em função dos vencimentos auferidos. Estes não têm a menor comparação com os que aqui são pagos.

Um médico, por exemplo, com o mesmo número de horas hospitalares, facilmente ganha o dobro, o triplo ou o quadrúpulo do que ganharia aqui, dependendo do posto que ocupará na escala hierárquica.
Se ainda por cima, se irá  viver numa zona aprazível, tranquila e com resposta a todas as exigências da sociedade atual, fica claríssimo o quanto compensa viver e trabalhar em Inglaterra.

Beijo
Nina

terça-feira, 18 de junho de 2013

Poderia viver aqui ...

... e ser muito feliz!
À chegada, de dia, se for o caso, encanto-me com este imenso tapete de verde patchwork.
Sei bem que não está ali por acaso. Sei bem que assim cresce verde e fresco porque a chuva é presença constante, quase diária. Sei-o bem!
Ainda assim, se esse é o preço para que os meus olhos mergulhem no verde mar, pagá-lo-ia.

Era um dia com algum sol, com algumas nuvens, com um pouco de vento, com alguma chuva, como faz questão de ser o clima inglês ...

... que no decorrer do mesmo dia ...

... mostra todos os elementos ...

... um a seguir ao outro, ou, em assomo de forte e indomável personalidade, tudo misturado, tudo ao mesmo tempo.
 Daí que, com uns fresquíssimos 12 graus, as meninas inglesas circulem descapotáveis, já que o Verão (de calendário ...) o permite, ainda que roxas de gelado arrepio.
Vestem-se mal, muito mal,  as inglesinhas!
Superiormente, indiferentemente, soberanamente mal.
Convictas, porém, das suas opções.
A praga da obesidade grassa, genericamente entre grande parte da população, fruto de uma alimentação muito incorreta.
Sinal dos tempos!

O Reino Unido é, contudo, um grande país!
Um país de oportunidades numa Europa doente, uma Europa que atravessa uma das mais negras fases da sua história económica e social.
Por isso, para além do imenso, sedutor manto verde, outros argumentos haveria que me convencem de que seria feliz neste país.
Optaria, se fosse o caso, por uma cidade de modesta dimensão, como é o caso de Southampton.
Aí, não falta nada, nada do que a civilização moderna exige, oferecendo a mais valia, de um lugar tranquilo, seguro, limpo e preocupado com o bem estar da sua população.



Viveria calmamente, com muita qualidade de vida, neste local, de moradias excelentes, rodeadas por jardins e prados como este.

Muros?
Estes ou nenhuns, já que, repito, a segurança, esse bem precioso, é garantida por um atento corpo policial, bem como por associações de vizinhos empenhados.

Depois, oferecem, gratuitamente, isto ...
Veredas, caminhos, parques ...

... jardins, que estão ali para serem vividos, em amena contemplação do adorado sol, em lazeres de horas serenas de leitura, de conversa ou, simplesmente, horas de nada, horas de estar vivo, atento ao crescer da relva.


Então, se o sol aparece ...


... é hora de sair, calçar ténis e sair, pegar na bicicleta e sair, ou apenas abrir a porta e sair, vagueando ao acaso, respirando fundo, saboreando o silêncio.
Por isso, por isto e por muito, muito mais, repito:
- Poderia viver e ser muito feliz aqui!

Beijo
Nina

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Em casa ...

... Novamente, depois de um fim de semana prolongado em Southampton, UK, onde tenho laços fundos, profundos.
Foi muito, muito bom ter ido, tão bom que não trocaria por nada os últimos 3 dias.
Retemperei energias que são coisa que se retempera e vivi momentos de absoluta felicidade que, como todos sabemos, é feita de coisinhas miúdas, simples, que estão aí, ao alcance dos dedos, prontas a ser vividas.
A viagem é curta, mal chegando às 2 horas, mas exigente, em termos de operacionalidade, requerendo táxi, combóio e só depois, avião.
Logo, estou cansada e ensonada, mais disposta a dormir do que a escrever.
Ainda assim, registar a delícia de momentos perfeitos, não é coisa que se adie.
Daí que, mesmo antes  de mergulhar no merecido repouso, deixo este apontamento, que amanhã sim, a conversa será extensa e rica em detalhes.

Beijo
Nina

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Véspera de fim de semana super, hiper ocupado!


Bem sei que a partir de amanhã será descanso absoluto, bem sei!
Hoje, porém, foi uma correria danada, uma sexta- feira imensamente produtiva.
Manhã de azáfama, cumprindo listas. Listas que sempre faço. Listas de que sou dependente. Porque funcionam. Se está escrito é para ser feito. E faz-se!
A tarde, em casa, não foi de pausa.
Milhentas obrigações a cumprir, sendo que, regar todas as plantas é inadiável. Para além de inadiável, looooonga! Tenho muitas plantinhas e olho-as com a responsabilidade de cuidadora que não as negligencia.



As orquídeas, com o seu ar chique e exótico, são, afinal, as minhas hóspedes menos exigentes ... luz q.b, água quase nada!
Serão 3 dias, os próximos, de relax, que oportunamente registarei.
Conto, entretanto,  na próxima semana, dar por concluída a reforma azul.
Tudo é muito lento, muito demorado. Há que aprender a conviver com esse ritmo.  Quando parece mesmo que o fim se aproxima, ocorre um qualquer imponderável que prolonga a agonia.
Desta feita, uma queda lesionou o pobre do pintor. Coisa séria, coitado. Teve que parar e lançar o "AZUL" para nível de stand by!
Está tudo pintado e não admito retoques!
Já limpámos o interior dos armários, já os colocámos no devido lugar, já os ocupámos com o seu programado conteúdo.
O que falta, então!?
Os quadros nas paredes!
Não é coisa pouca. Furar a parede equivale a um monte de poeira.
Mas é o que falta, para além do estofo de uma cadeira que resolvi mudar. 1 metro de tecido e a arte do Sr. Artur, meu estofador de toda a vida,  serão a cereja no topo do bolo da reforma.
Tenho, aliás, para mim, que uns metritos de tecido equivalem a uma cara nova em qualquer decoração. Daí que sou useira e vezeira na arte de trocar revestimentos e substituir cortinas. Para mudanças mais soft, vou-me às almofadas mudando tudo.
Quem, como eu, sente um desassossego, uma insatisfação mal definida olhando as mesmas paredes, os mesmos sofás, o mesmo esquema ... atire-se às almofadas. Muda tudo!

Um bom fim de semana, que estou cansada e necessitada!

Beijo
Nina



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Desafios, não lhes resisto!

Depois de ter participado e concluído o desafio proposto pela Nina Dias do qual resultaram os quatro bordadinhos que em breve virarão quadros para as minhas paredes (ver posts anteriores, s.f.f.), apanhei o jeito à coisa, ou será que foi a coisa que me apanhou a mim?
Quero com isto dizer que participar nestes desafios é imensamenre estimulante, apressa o trabalho e eleva o ego do executor.
Então, atenta, detetei uma nova proposta , desta vez no blog pela Kittie.
É esta coisinha linda, absolutamente irresistível:


Este saco!
Patchwork para iniciantes ( espero ...), bordadinho em ponto de cruz e costura!

Ah! Eu quero muito!
Já me inscrevi, cumprindo todos os preceitos. Fico aguardando que os esquemas me sejam enviados.
Não querem?
Não sentem um irreprimível desejo de realizar este projeto incrível?
Não?
Até ao dia 1 de Julho, esta beleza está à distância de um clic!
Cliquem, pois.

Beijo
Nina

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Coração ...

Não sou pessoa dada a corações. Não sou! Já fui, mas passou-me. Ou acreditei que me tivesse passado, gastos que foram todos os corações na adolescência, quando eram dois, sobrepostos, entrançados e, - oh! coisa mais profunda!!!- trespassados por uma seta, mais que trepassados, eternamente ligados pelo espeto metálico perfurante que, dos ventrículos, fazia gotejar sangue. E havia nomes, identificação gravada no músculo cardíaco. Coisa para a eternidade!
Quem nunca desenhou dois corações nestes preparos, não foi adolescente, não quis morrer de amor, não sofreu os horrores do ciúme, nem levitou nas nuvens da eterna paixão! Não sabe o quanto perdeu!
Pois bem, eu mergulhei de cabeça nessa tempestade emocional e, portanto, desenhei muitos corações.
Mas, como disse, passou-me!
Ou julguei que me tivesse passado, até que neste mundo em que me perco, em que devaneio, em que o meu pensamento viaja, os encontrei novamente.
Corações de tecido, de tricô, de crochê!
Muitos, soltos pela casa, em bandeirolas festivas.
Achei graça, mas, ainda assim, não me tentei.
Até que encontrei os corações que me roubaram o coração.
Estes:


Em lã, em crochê ..
Fofos, recheados com manta acrílica ...

... salpicada com umas gotas de essência de lavanda ...

...irão perfumar o interior dos roupeiros, colocados entre cabides ...

...ou no interior de gavetas.
São lindos, alegres, perfumados e emprestam um ar cosy ao ambiente das nossas casas.

Feito o primeiro, já se sabe, impetuosa, iniciei outros:


Quase concluídos ...

... e mais dois, já prontos. Falta ligar as duas metades, rechear e pendurar.
Atacada pela febre dos corações, prevejo uma chuva, uma invasão, de todas as cores, todos lindos, todos perfumados.
Será um gosto, uma surpresa colorida e perfumada  abrir as portas dos roupeiros, abrir gavetas de roupa, para já não falar de todos os outros que enfeitarão puxadores.

A receita?
Tirei-a daqui.

Beijo
Nina

terça-feira, 11 de junho de 2013

E vão quatro!

E assim, sem esforço, aos pouquinhos, dei por concluido o desafio do Bordado Livre, proposto pela Nina Dias.
Foram horas de enorme prazer, ora  apostando na utilização de uma só cor, ora pintando o desenho, ao sabor do capricho do momento, correndo todas as tonalidades do arco-íris.


Bordei como quem pinta e amei a experiência.

Agora é só aguardar que as molduras sejam colocadas.
Prevejo maravilhas.

Beijo
Nina

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mais do que gostar de bolos ...

...  de comer bolos, o que eu gosto mesmo é de fazer bolos e de ter em casa bolos recém assados.
Gosto do cheiro.
Gosto de olhar o bolo preparado, num prato bonito, em cima de uma bancada.
Associo a sua presença com a ideia de conforto, de segurança, de lar.
Acho que apenas em casas felizes se preparam bolos.
Abrindo a porta da rua, entrando em casa, sentindo o seu aroma no ar e deparando com a sua presença festiva, tem-se a certeza que ali, aqui, vive gente feliz, resolvida e de bem com a vida.
Ainda que saísse e comprasse a mais sofisticada das sobremesas, não seria a mesma coisa.
O mesmo se aplica às geleias e compotas. Na minha memória, a sua preparação remonta à infância, quando, com todos os vagares se estipulava o dia da marmelada, da geleia e da compota.
Eram dias festivos. Dias perfumados. Dias felizes.
Ficou-me na memória, ficou-me no ADN. Nada a fazer para combater tão forte tendência.

Vai daí que, hoje, segunda-feira, feriado, com céu ainda cinza e chuvinha miúda, o impulso cresceu avassalador.
Rendi-me.
Fiz um bolo.
BOLO DE NOZES!

Receio já ter publicado a receita, no início do blog, quando tinha aberta a Cozinha da Nina.
Se alguém reteve a receita, esta será uma duplicação. Mas que duplicação! Mas que coisa imperdível!


Precisamos de 250g de nozes ...

... que vamos reduzir a pó. Reservamos.

Batemos 7 gemas com 200g de açúcar, energicamente, até a mistura ganhar espuma e ficar esbranquiçada.

As claras...

... serão batidas em castelo firme, muito, muito firme.
Reservamos.

Juntamos as nozes à mistura de açúcar e gemas.
Misturamos de modo a obter um composto homogéneo.

Chegou a vez de ao composto acrescentar as claras.
À mão.
Nada de batedeira.
É bom para os músculos dos braços e impede as bolhinhas de ar presentes nas claras de rebentarem.
Se tal desastre ocorrer, adeus castelo. Adeus bolo fofo.
Repito, à mão, com uma colher de pau, em movimentos delicados.

Despeja-se em forma previamente untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Coze durante 40 minutos em forno antecipadamente aquecido a 180 graus.
Confirma-se a cozedura utilizando a técnica do palito!
Desenforma-se.
 Depois de frio, será regado com ovos moles que se preparam assim:


Ferve-se 200g de açúcar, cobertos de água, até atingir ponto de espadana ( a mistura cairá da colher em fitas largas).

Seperaram-se 6 gemas  ( e congelamos as claras, evidentemente).

Logo que o açúcar arrefeça, junta-se as gemas batidas.

Vai ao lume, em calor muito moderado, mexendo sempre até engrossar, mas sem ferver.

Despeja-se sobre o bolo ...


... e enfeita-se com metades de nozes!

Temos um lar!
E uma delícia!
E vontade de pecar!

Beijo
Nina