terça-feira, 30 de abril de 2013

Algarve ... ainda!


Praias como as do Algarve, não existem, ou existem poucas. E posso afirmá-lo por experiência própria.
É certo que há locais no mundo onde as águas são mais quentes, o mar mais azul e mais sereno, as praias mais brancas e mais extensas.
Lembro, por exemplo as praias do Índico, em Goa, concretamente.
Também nas Caraíbas, em Cuba, na República Dominicana ...
Ainda, na Ásia, na Tailândia, a oferta é sedutora ...
Mas ficam do outro lado do mundo, implicando viagens aéreas, fusos horários, vacinas, jet lag e uma grande trabalheira.
Aqui, na costa sul, temos o paraíso à porta.
Sempre que se pode, está-se lá num instante.
Sem sair de casa.

Esquecendo o relógio e horários, ( a começar por aquele que proíbe praia, a entre as 12:00  e as 16:00 H) 
curte-se o sol e o mar sem restrições.
São grandes passeios no imenso areal, muito banho, um lanche levezinho e ... chega de praia.
É então que outro horizonte de opções se abre . O campo algarvio.


...que, nesta primavera, após um inverno de chuva copiosa, está em festa.

Flores, montes de flores, de todos os tipos, de todas as cores ...

...brancas, azuis, amarelas ...

..em grupo, compactas, torcendo e entrançando caules ...

... em delírio.
Aqui e ali, papoilas ...

... lindas, vaidosas, sedosas e frágeis.

Sem nome, apenas lindas pintinhas brancas ...

... e a papoila de agreste caule e  berrante corola!

Assim é o campo no Algarve.
São passeios sem rumo, repletos de  pausas, de fotos, de "Ohs!" de espanto.
Assim se escoa o tempo, num deambular por trilhos e caminhos em que os sentidos se purificam, em que o espírito se revigora, em que a alma rejuvenesce.

Beijo
Nina

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Compota de Morango

Num erro de planificação, comprei uma enorme caixa de morangos, lindos e suculentos, 2 dias antes de sair para o fim de semana prolongado no Algarve.
Eram tão lindos, vermelhos e perfumados que mereciam ser degustados ao natural.
Porém, foi impossível. Não houve barriga para tantos olhos...
Foi pois necessário dar-lhes destino.
Assim, depois de muito bem lavados, depois de lhes ter sido extraído o pedúnculo, foram congelados.
1.5 Kg de morangos!
Um enorme volume atravancando o congelador, que isto de congeladores - aviso - são um bluff!
Enormes, gigantescos por fora! Por dentro, um nico de espaço!


Um pedregulho de morangos!
 Face à sobrelotação do dito congelador, retiraram-se e pesaram-se os frutos.
Aplicou-se depois a regra:
- Para cada quilo de morangos, 800 g de açúcar e casca de limão.


Numa panela funda (que a mistura tende, fervendo, a ultrapassar os limites do vasilhame, provocando a maior das sujeiras sobre a placa).
Nesta, na minha, subsistem resíduos calcinados de marmelada feita há um ano atrás.
Avisei!
Panela grande, portanto!

Liga-se o fogão em calor moderado e, pa-ci-en-te-men-te, vai-se mexendo até que o açúcar se dissolva no suco dos morangos.

Depois, calor moderado SEMPRE e uma mexidela com a colher de pau, de vez em quando.

Nada de pressas, repito, ou a mistura ficará horrorosamente agarrada no fundo da panela, contagiando a compota com um detestável sabor a esturro!

De repente, vemos os morangos em suspensão numa calda deliciosamente borbulhante.

Chegada é a hora do teste.
Vamos testar o ponto do açúcar.
Terá que ser de ESTRADA!
Quer isto dizer que, ao vertermos uma pequena porção de calda num prato frio e a atravessarmos com uma colher, surgirá uma estrada que não se fecha.
Está pronto!

Com a ajuda do funil das compotas - invenção miraculosa que impede salpicos e pingos das mesmas - enchemos frascos escrupulosamente lavados e fervidos.

Enchi 5 frascos.
Desaparecerão num ápice que eu sei do que a casa gasta e gosta.
Há tantos morangos!
Nunca serão melhores nem mais baratos do que agora!
Vamos fazer compota?

Beijlo
Nina

sábado, 27 de abril de 2013

ALGARVE



É o meu refugio. Onde me reencontro. Me reformato.
Fora da época alta, já se sabe.
Quando o espaço é ilimitado e o silêncio audível.
Se, com sorte, encontrar sol aberto, mar manso e amena temperatura, o cenário é perfeito.



Assim foi.
Areia branca, dunas suaves. Tudo em azul e branco.

Aqui e ali, uma pincelada de cor garrida.

E o mar manso, silencioso ...

... tranquilo, embora (ainda) frio.

Saindo da praia.
Caminhos debruados por flores. Enfeites que assim desabrocham porque a natureza é pródiga.

São rosas. Centenas, milhares de rosas ao longo dos caminhos.

Ria Formosa.
Mar, terra, mar.
E as flores, montes de flores.

A Ria Formosa é Parque Natural protegido.
Percebe-se porquê.

E a arquitetura tradicional local não nega a influência árabe.

Algumas das ruas, homenageiam mesmo poetas árabes, que, em distante época, ocuparam o sul da Península Ibérica.

Os detalhes, são assim... rendas em cimento.

A vegetação é manto espesso que cobre a vertente até à praia.

... assim...

Não é o paraíso, mas parece.

Um forte (Cacela) observava, em tempos, o perigo que do mar poderia chegar.

Hoje alberga uma povoação ...

... limitando-se a ser lindo.
Como se, ser-se lindo e assim alegrar o mundo, fosse coisa pouca.

Camaleões nidificam e crescem neste habitat.
Aqui um exemplar, talhado em metal, como ex-libris da terra.

O mar azul e plano.
Ao fundo, Montegordo, cidade turística, demasiado turística para meu gosto.

Parece composição. Mas não. É assim mesmo que a natureza decide manifestar-se.

Será que os motivos que me ligam a esta terra foram devidamente expostos?
Acredito que uma imagem vale mais que mil palavras.
Será que valeu?

Beijo
Nina

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cães



O Continente!
São seres  adoráveis e admiráveis!
Tomáramos nós,  homens, seres superiores, reis da criação, ter metade das suas qualidades.
E penso, neste instante, na fidelidade ... para não mencionar a lealdade, o amor incondicional.
Daí que, "quanto mais conheço os homens,  ..."

Conheço um destes bichinhos, mínimo, mínúculo, rafeiríssimo, o CONTINENTE, nome em absoluto contrate com o seu tamanho.
É Continente porque vive num café com esse nome.
Tadinho!
Mas tem casa, alimentação e proteção... e o "tadinho" não poderia ser mais carinhoso.
Quando aqui no Algarve, este café é local do meu  expresso matinal, da pausa para jornais e leituras.
Aqui, no Continente, conheci o Continente, nas últimas férias.
Pequenino, com ar de brinquedo de corda, aproxima-se e cheira os intrusos. Cumpridor zeloso  das suas funções de "cão de guarda".
Comecei, então, a trazer-lhe um mimo, um biscoito, um pedaço de queijo, de fiambre, o que calhava.
Pois esta manhã, já sem recordar a existência do cachorro, avancei no parque de estacionamento e, pelo canto do olho, o que vi? O Continente, disparado, de orelhas no ar e cauda abanando, numa correria na minha direção, melhor dizendo, na direção do meu carro.
O Continente reconheceu-me, reconheceu até o carro!
Lembrou-se de mim!
Dos mimos que lhe ofereci!
E foram saltos, lambidelas,. agitar frenético de cauda, numa explosão de alegria comovente.
Já a recepção dos proprietários foi muito mais contida, distante,  mesmo indiferente, de acordo com as normas  sociais civilizadas.
Este gostar sem disfarce é, no mínimo, tocante.
Só os cães amam assim, sem limite, sem condições, sem decoro!

beijo
Nina

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Algarve

Vim ao sul mais sul do país.
Vim ao Algarve passar o feriado, perseguindo o sol.
Está mesmo bom, mesmo Algarve. Com doces poentes, como dizia Florbela Espanca.
Pouco movimento, muita tranquilidade.
Ouve-se o silêncio. Mesmo.
Os restaurantes quase desertos, atendem com tranquilos vagares, oferecendo o mais fresquíssimo peixe, a mais gelada cerveja.
Uma experiência. Complementada pela vista em que se perdem os olhos, num mar liso, brilhante e quase parado.
Uma festa, uma prenda aos sentidos.
Em 5 horas, chega-se ao paraíso!
Fotos? Amanhã!

Beijo
Nina

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Por puro acaso ...


... abri a porta do armário dos casacos.
Fiquei submersa na confusão, no quase caos.
São casacos de inverno, bem quentes, bem grossos, bem volumosos que ocupam imenso espaço e que eram usados, diariamente, até há uma semana atrás.
Então, pela manhã, abria uma das portas, escolhia o agasalho e não me detinha.
Hoje, de novo, abri uma porta, procurando um saco numa das prateleiras, que o calor atual, dispensa agasalho.
Não encontrei o saco.
Encontrei a confusão.
Fui literalmente esmagada por ela.
Não tinha programado arrumações, mas, perante a desordem, por lá me quedei.
Tudo cá para fora. Tudo revisto. Tudo devidamente arrumado. Tudo coberto por proteção adequada.



Que Deus é grande e agora, só para o ano, é que precisarei de tais capotes.
A brincar e a rir, fiquei 2 horas embrenhada na organização.


Sem cobertura ficaram as gabardines e um outro casaco mais fino, que este tempo bom não é de fiar.
Ouvi até uns zunzuns assegurando que na próxima semana o termómetro cairá 10 graus!
Daí que, resguardados, apenas ficam os verdadeiros agasalhos.
 Chamo a atenção para as caixas, uma branca e outra vermelha, do IKEA, que são excelentes aproveitadoras de espaço, organizando genialmente aquelas coisas miúdas, tipo luvas, cintos e cachecóis, que, se à solta, ganham vida própria e nunca se acham quando necessárias.

A maior parte destas coberturas vieram de lojas, envolvendo os próprios casacos.
Só quando se realiza esta tarefa é que se compreende como as ditas são importantes.
Cobrem-se de pó, protegendo, como se pretende, a roupa.
A etapa final consiste na colocação de antitraças com perfume de lavanda.
E pronto!
Aqui fica a dica de como bem arrumar a roupa de uma estação para a outra.
Sugestões para incrementar o procedimento, aceitam-se!

Beijo
Nina

terça-feira, 23 de abril de 2013

Estes Romanos são loucos!


Era a frase preferida de Asterix, o herói gaulês, quando se referia ao povo invasor, batido em todas as frentes, dizimado pelos habitantes da pequena aldeia gaulesa.
Retive a frase conclusiva que aplico, quando, estupefacta , me deparo com situações mais que inesperadas, inverosímeis.
Então é assim:
Há anos que frequento o mesmo cabeleireiro, pequenino, perto de casa e com lugar para estacionar.
Os preços mais que razoáveis, entram, pois claro, na equação.
A dona do dito é esteticista, chama-se Paula e possui dois salões, desdobrando a sua presença pelos mesmos.
Já se sabe, toda a gente sabe que, "patrão fora, dia santo na loja"!
Não que ela seja uma patroa particularmente impositiva. Pelo contrário... para meu gosto é demasiado camarada! Tratam-se todos por "tu", questionam-se as ordens, etc. Repito, para meu gosto, tal camaradagem só pode fomentar chatice, como fomenta, de facto.
Daí que as cabeleireiras não parem. Ele é um rodopio de caras que ultrapassa todas as conjeturas.
A "minha" Andreia, senhora de uma personalidade forte e completamente desfocada da realidade, voou há meses.
De modos que é assim... nunca sei quem me vai pentear, nunca. 
A Paula, parece preservar fervorosamente o fator surpresa. Quando se espera encontrar a Cristina a quem já comecei a afeiçoar-me, sai-me uma Fernanda que nunca vi nos dias da vida.
Pronto, é emocionante. E nem é grave, tendo em consideração que não pretendo ser operada ao cérebro. Quero apenas que me lavem e sequem o cabelo.
Mas, já se sabe, quando começo a afeiçoar-me à criatura, descobrindo nela talentos irresistíveis, puxam-me o tapete e apresentam-me uma nova artista.
Não é grave. É apenas chato.

Pois bem, para além da cabeleireira, circula uma manicure, a criatura mais trombuda, mais desfocada que se pode conceber.
Nunca me arranjou as unhas:
1º Porque não gosto dela;
2º Porque embirro com ela;
3º Porque não tenho paciência para aqueles humores de diva;
4º Porque lhe tenho medo, vendo-a de alicate em punho.

Então, a trombuda da manicure é a porta voz da dona do salão. Uma porta voz execrável. Uma porta voz enlouquecida e enfurecida. Uma porta voz que dá as respostas mais tortas, mais inopinadas que se pode imaginar. Como me deu , na semana passada.
Que a Fernanda só chegava às 4 horas, (eram 3), que não me reservava hora a não ser que eu ficasse no salão ( a olhar para as suas fuças...) durante uma hora.
Sou mansa. Demasiado mansa. Fujo de brigas como o diabo da cruz, mas ele há situações em que me supero.
Pensei:
Esta sujeita é louca! (como o Astérix em relação aos Romanos)!!!!
Meti-me no carro, sem destino. Vagueei pelos arredores. Vi um salão de cabeleireiro. Entrei. No mesmo instante fui atendida. No mesmo instante me foi diagnosticada desidratação na farta cabeleira. Gostei. Gente afável querendo trabalhar e assim ganhar a vida. Gostei imenso.
Hoje voltei.
Fiz a hidratação prescrita.
Fiquei com o cabelo mais sedoso, mais brilhante que imaginar se pode.
Fui tratada com cortesia q.b., que é como trato as pessoas, exigindo reciprocidade.
E assim nos entendemos.
Não espero vénias. Espero, apenas, gente cordata.
Fujo da outra. Gente tóxica, de mal consigo e com a vida.
Logo eu que sou mansa e bem disposta, haveria de aturar tal estropício?
Esta gente deve estar louca!

Beijo
Nina

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mira ...


... a minha Mira, tão querida, tão paciente, tão talentosa, costurou este vestidinho, saído das páginas da Burda.
Pela manhã, com o ventinho (gelado) que sopra junto ao mar, saio, vaidosa, com o meu vestido novo, que, de tão fininho, exige agasalho. Visto o meu blusão de couro preto, saído da caverna dos tesouros que é a Zara, já no ano passado.
Aliás, estou na fase do "... não tenho nada que vestir!". Feitas as arrumações de final de inverno, vejo-me tiritando de frio se apenas vestir  os trapinhos de verão. É que para agasalhos, está  quente, mas para sedas e decotes, está frio.
Uma complicação! Uma esquizofrenia climática, é o que é!

É observar, por favor, a perfeição de acabamento, que a "minha" Mira, não brinca em serviço. Só sabe fazer bem. Melhor, só sabe fazer muito, muito bem, a artista!

Para melhor verem a categoria quase "Haute Couture" da artista, é só espreitar aqui, onde se pode observar , em detalhe, a obra  da Mira.
O tecido veio da Feira dos Tecidos, por quase nada.
É daqueles que lavam, secam no cabide e pronto, estão aptos para usar.
A Mira, impecável, reproduziu o trabalho até ao mais ínfimo pormenor.
É tão bom ter uma Mira!

Beijo
Nina

domingo, 21 de abril de 2013

Chegou o Verão!

Dos dias frios e chuvosos, passámos, diretamente, para este céu azul com temperaturas a rondar os 20 graus.
É bom.!
Comprova apenas que deixou de haver a chamada meia estação, quando a chuva quase parava, os dias nasciam bonitos, embora frescos.
Era o tempo dos blazers, das malhas, dos trench coats.
Dei por mim transferindo para o armário de Inverno roupas que não cheguei a vestir.
Dei também por mim concluindo que tenho demasiada tralha.
Dei por mim confirmando que essa tralha em nada acrescenta à minha qualidade de vida.
É, simplesmente, desnecessária.
Se não a despacho imediatamente, é apenas por achar que ainda a vou vestir ... ou será que não?
Sinto que tenho muito que aperfeiçoar e desenvolver no que ao desapego diz respeito.
E ter disso consciência é já uma conquista.
Esse trabalho horrível que consiste em mudar as roupas 2 vezes ao ano, não seria necessário se tudo quanto possuo coubesse num mesmo roupeiro, o que, por si só, é uma ideia muito sedutora. Uma ideia a interiorizar que requer mudança de comportamento.
A verdade é que cada vez mais compro menos.
A verdade é que esta montanha de roupa é fruto da acumulação praticada durante anos.
A verdade é que não faz sentido desfazer-me de peças que me farão falta e que, eventualmente, terei de comprar.
Estes momentos de mudança de armários, ocorrem, infalivelmente, durante o fim de semana, dado o tempo que exigem.
É fim de semana estragado.
Termina com as arrumações concluídas e um cansaço medonho.
Desta vez, inovei.
Mudei apenas 6 cabides. Com calma, concentradamente, sem me exasperar. Amanhã, outros tantos mudarão de poiso. E assim sucessivamente, até dar a tarefa por concluída.

Com a subida das temperaturas, outra mudança ocorrerá:
Deixará de ser agradável tricotar, usando lã. Demasiado quente, demasiado desconfortável.
Ainda bem que estou mesmo na conclusão das almofadas.
Terminadas estas, passarei para os fios de algodão, para o ponto de cruz e iniciarei , graças à Nina Dias, do blog http://tecidosfloridos.blogspot.pt/2013/04/meu-bordado.html, um novo desafio.
Entretanto, na newsletter de Martha Stewart, encontrei esta sugestão, um caminho em tons primaveris que encaixa na perfeição em ambientes Shabby_chic.


 

O tutorial para a sua realização, está aqui:

http://www.marthastewart.com/350314/table-settings-clip-art-and-templates/@center/326420/martha-stewart-clip-art-and-template-crafts#264531?xsc=eml_crd_2013_04_21&om_rid=MQmEnc&om_mid=_BRc9UaB8jOieHk&czone=crafts/craft-of-the-day

A tarde está quase a terminar.
Como recompensa pela atividade frenética, vou oferecer-me uma hora de sofá!

Beijo
Nina

sábado, 20 de abril de 2013

Já em casa!

Cheguei com imensa vontade de retomar as minhas rotinas. Foge-me o chão quando os acontecimentos me controlam, sendo que ,inevitavelmente, esta é a contingência de se estar vivo.
De vez em quando, surpresas!
Há que saber ou aprender a conviver com elas, o que é pacífico, desde que o tamanho da surpresa não nos engula.

Então, para as driblar, nada como jogar pelo seguro, seguindo a receita, obedecendo à cartilha ...por outras palavras, cozinhando.
Cozinhar pode ser muito terapêutico, muito relaxante, porque, não se abusando da criatividade, a coisa acaba por bater certo, sem sobressaltos.
Foi num  filme que vi este argumento:
Uma jovem com o emprego em risco, com situações incontroláveis e desagradáveis no local de trabalho, readquiria a segurança cozinhando. Limito-me, pois, a seguir bons exemplos.
Neste sábado de sol e de calor, em princípio não poria os pés na cozinha ... a não ser que... como foi o caso, precisasse de restabelecer a minha rede de segurança.
Fui então cozinhar.

Gosto de ter na manga, uns quantos desafios, aguardando vez para serem testados.
No caso, dois, particularmente interessantes:

Frango assado com mel e gengibre

Bolo de maçã, courgette e aveia


Os blogs de onde vieram merecem uma, duas, muitas, imensas visitas.
São excelentes!



Chamo a atenção para o rosmaninho de produção caseira.
Cresce desalmadamente nos vasos da varanda e não há cheirinho melhor para incrementar assados.
Depois, toda a gente sabe que quanto mais ervas aromáticas, menos sal, esse vilão , assassino silencioso, que para além de outros imperdoáveis pecados, engorda, pela retenção de líquidos que provoca

Chegada a altura do exotismo, diversão pura e dura.
Ele é mel, ele é canela, ele é  gengibre ensopando o galináceo.
Cheira que é um regalo e aposto na delícia.


Já está no forno, muito bem acompanhado por rodelas de batatas, cebola, um fio de azeite e mais , muito mais rosmaninho.


O bolo, neste momento já pronto, sofreu algumas alterações em relação à receita original. Sempre sofrem. Não me contenho que não introduza alterações.

Cá está a junção da maçã com a courgette, os ovos e o óleo! 

Aqui os secos!

E aqui, os secos e molhados que, depois de muito bem misturados ...

... viajaram para a forma!

Foi então que tive " a ideia"!

Vou salpicá-los com Muesli!
E salpiquei!

Ficou lindo e perfumado.
E quem assim é lindo e perfumado, só pode ser delicioso!

À sobremesa do jantar, todas as dúvidas serão, definitivamente, dissipadas!

Ok! Desarrumei a cozinha!
Ok! Tive que a arrumar!
Se valeu a pena?
Valeu! Valeu os Prozacs da vida!

Beijo
Nina