quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Lençóis, rendas, bordados

Cá em casa, mudam-se as camas à segunda-feira!
É sempre uma experiência gratificante, ver os lençóis e almofadas, muito brancos, muito bem passados, muito perfumados, esticadinhos sobre a cama.


Não é que só tenha lençóis brancos... de modo algum!
Sou presa fácil para os maravilhosos estampados que se exibem na Zara Home e, por isso, tenho vários conjuntos, cada um mais lindo que o outro.

Porém, os brancos, têm um lugar especial na minha lista de preferências.

Estes são antigos, bordados à mão, numa minúcia de pontos quase mágicos.

A renda que o remata é um trabalho incrivelmente perfeito, quase de ourives, quase filigrana.
E o cheiro?
Com saquinhos de lavanda e sabonetes vários, o interior do armário das roupas de cama, inebria!
Por isso, a noite em que os lençóis são trocados, é mágica, quase dormida nas nuvens, quase num bosque perfumado.
Se não fosse excessivamente trabalhoso, trocaria os lençóis diariamente!

Beijo
Nina

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Marie Claire


Quem me vê e quem me viu!
Compradora compulsiva de revistas, antes. Agora, apenas fiel à Burda.
É que o tempo, ainda que aproveitadíssimo, não dá para mais.
Revistas desfolhadas, preguiçosamente, no sofá, é cena "que não me assiste".
Daí que quase não compro.
O quase, para além da Burda, aplica-se a uma certa revista francesa irresistível.



O que dizer desta sugestão?
O quê?
Sem palavras, com a voz embargada pela emoção, balbucio:
-Lindo!
É um saco. Meio tecido, meio tricô!
Irresistível!
Quero muito reproduzir.

E este cachecol, em que o príncipe-de-gales se casa com a malha tricotada?
Adoro!

É favor, agora, reparar neste blazer, antes, banalíssimo, no seu escocês e, depois, obra de arte, com mangas e bolsos tricotados.
Nada de despachar o casaquito de xadrês, porque já estou farta, já me cansou, já blá, blá!
É fazer a fineza de o transformar!
Duas agulhas, fio grosso et voilá!

Para um ambiente rústico, esta manta de fazenda, com engenhoso e simples remate em tricô.
E o sofá da sala nunca mais será o mesmo!

Uma cadeira de realizador, com encosto em tela, uma manta em pontos de fantasia. Só!
Dá nisto!
Apetece sentar, recostar e pedir chá.


Meia dúzia de voltas, uns quantos aumentos, uma fenda e nasce isto!

Aqui, neste tratado de bom gosto, encontramos tudo.
Por pouco mais de 5€!
Vale cada cêntimo.


É comprar!
É desfrutar!
É inspirar-se!
É concretizar!

Beijo
Nina



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Uma espécie de ponto inglês!


Quando, aqui mostrei como ocupava as mãos nos sonolentos serões, estava indecisa quanto ao fim a dar  à teia que, qual Penélope, tecia.
Logo se veria. Podia até dar-se o caso de, desconsolada com o resultado, desmanchar tudo, implacável, reiniciando uma nova experiência. Assim, sem pressas , sem urgências, que isto de tricotar é para descontrair, repito. 

O aspecto era este, uma espécie de ponto inglês.
À medida que crescia, conclui que talvez resultasse bem como colete, comprido, bastante comprido, de modo a ser rematado com um cinto.


Ficou assim!
Por cima de um vestido de malha de lã branca, empresta uma antecipação de primavera a este inverno interminável..
A ausência de mangas permite que os casacos a usar, por cima, vistam bem, pois, se há coisa insuportável, é sentir-me prisioneira da roupa.
No pescoço, um lenço de seda em tons pastel, de modo a não colidir com a aguarela primaveril.

Uma vez que o ponto é fácil, fácil, para principiantes, recomendo a aventura às menos treinadas, que às mestras não me atrevo.
Suponho que gostarei de usar o colete com jeans justos, em tom pastel. Logo mostrarei a alternativa.
Para já, mãos à obra que a primavera está aí não tarda nada e há que recebê-la com colorido adequado que não esqueça o frio que se manterá.

Beijo
Nina


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tal como ...


... existem restaurantes para fumadores e restaurantes para não fumadores, embora os primeiros tendam a desaparecer, também, na minha modesta opinião, deveriam existir salões de cabeleireiro para faladores e não faladores.
Mas não existem, com grande pena minha.

Fui ao cabeleireiro.
Destinei a tarde para o efeito, pois, uma trunfa como a minha, exige tempo e vagares, ainda mais quando a solicitação é de "madeixas em todo o cabelo".
 Para quem não sabe, de dois em dois meses, acerto a cor apenas na região frontal. Cabeça toda, é obra para 3 horas e só me sujeito ao suplício duas vezes ao ano.
Pronto, hoje foi dia de suplício.
Às 14h 30m, lá estava, com vez marcada e tudo.
Encontrei o estendal de apetrechos prontos para me serem aplicados, que a moça é de boas vontades e procura agradar-me.

Sentei-me e abri o Ipad na tola pretensão de ser deixada em paz, entregue aos meus pensamentos.
Qual quê?
Ali, as pessoas interagem, conversam, desabafam, dão palpites e pareceres, trocam confidencias.
É assim! 
É esta a natureza de um salão de cabeleireiro.
Chego a duvidar de que a sua função principal seja tratar os cabelos... Vá! Admito que seja, mas, em partes iguais com a conversa.


Juro que não tenho a mania da superioridade.
Juro que sou humilde e tolerante.
Que sorrio e abano a cabeça, em sinal de concordância...

... mas, quase em transe, suplico que me esqueçam, que me ignorem, que me desprezem.

Não consigo entrar no espírito da coisa, por pura limitação da minha parte.
Não sintonizo na mesma onda, de onde resulta um diálogo de surdos.

Tenho para mim que me consideram lerda, lerda, definitivamente lerda, muito mais do que presumida.
E eu ali, bombardeada por ruído que não descodifico, chinesa no meio de finlandeses.
Nem o Ipad, nem o livro que ostensivamente desfolho, nem as revistas cor de rosa me salvam.
Suposto é interagir!
Por isso olho sem ver e ouço sem ouvir, num desespero de  a quem  apenas apetece perguntar:
-Porque não se calam?
Procura-se cabeleireiro para NÃO FALADORES!

Beijo
Nina

domingo, 27 de janeiro de 2013

Interrogo-me ...


Será que o domingo dos outros é igual, ou, pelo menos, parecido com o meu domingo?
O meu, sempre sobrecarregado de projetos, voa! Mesmo!
São agora 18 horas e, com a noite caindo, só agora consegui uma pausa para escrever.
Acoradámos com chuva, chuva à Porto, daquela bem chata, pegada, sem tréguas, gelada, ameaçando molha a quem se atreve sair.
Saí, ainda assim.
Jornais lidos no café de sempre, com vista para o Douro e expresso fumegante.



Estava frio, como se a chuva não fosse, só por si suficientemente deprimente.
Vesti-me de Inverno, com vestido de lã, casaco de malha, meias opacas e botins.

Tudo o que tenho em cima é antigo. Nada é velho. Sou muito cuidadosa com as roupas que, por isso, duram e duram e duram, sem nunca  envelhecerem.

Poderão virar antiguidade, mas jamais velharia.
Que bom seria se o mesmo ocorresse com a dona!
 Pronto! Jornais lidos, café bebido, regresso a casa para almoço, completamente por fazer.

Sem sopa previamente preparada, improvisa-se uma entrada.
Beringela gratinada com queijo.
Para acelerar o processo, passa pelo microondas, 5 minutos de cada lado. Só depois, polvilhada com queijo, gratina no forno.
É bom e recomenda-se.

Para sobremesa, depois de um peixe grelhado, desencantaram-se do fundo do congelador , estes pecados de côco e gemas!
 E a tarde avançava, inexoravelmente.
A chuva, entretanto, parara.
Virei-me para a agricultura, semeando este pacote de coentros, erva da minha especial predilecção.

Numa floreira, fazem-se pequenas incisões superficiais, espalhando-se as sementes, que se recobrem com a terra revolvida.
Dizia no pacote, que esta é a hora da sementeira, com frio e chuva.
Missão cumprida, portanto!

Entretanto, havia que regar os bolbos, no caso, estes de jacinto, que a casa aquecida exige esse cuidado.
Mal posso esperar o nascimento da primeira flor!
Será bela e amarela.

A chuva, entretanto, voltara.
Quando bate nas vidraças, sugere, quase exige, lareira acesa.

Torna-se então suportável.
A fogueira faz excelente companhia. Aquece, ilumina e canta, enquanto o fogo crepita lambendo os toros indefesos.
Posso ficar assim, apenas olhando o fogo, sentindo-me acompanhada e acarinhada.
 Mas não fiquei!
Aninhada no meu canto, tricotei uma gola para esta camisola. Está quase, quase pronta.

É uma camisola antiga, cuja gola perdeu o formato e a graça.
Desmanchei-a e reformulei-a , que merece o trabalho.
Está quase pronta!

Finalmente, preparando-me para a minha próxima, primeira aula de costura, tirei moldes do modelo que pretendo reproduzir.

Até aí ainda chega o meu conhecimento!
Deste modo voou o domingo.
Assim desliza, veloz, o tempo, se o interesse e a atenção se envolvem em tarefas gratificantes, prova provada de que o tempo é o que cada um faz dele, que o tempo cronológico não é, para aqui, chamado nem havido e que, o tempo psicológico de carácter subjectivo e abstracto, é o verdadeiro e único motor da vida.
Tenho dito!
(Que ainda tenho um monte de tarefas para despachar, entre as quais se inclui refastelar-me comodamente no sofá enquanto o domingo for domingo!)

Beijo
Nina


sábado, 26 de janeiro de 2013

Dilema ...


... s.m.- Situação em que se é obrigado a escolher entre duas alternativasque se excluem mutuamente;

Assim define o dicionário.

Acontece que,  na situação presente, a definição não se aplica. Não quero escolher entre duas alternativas, quero escolher entre, pelo menos quatro, e estas não se excluem, antes se ordenam por ordem temporal, com um denominador comum: " A fazer!"

Passo a explicar:

Na última Burda, a do mês de Fevereiro, encontrei propostas irrecusáveis.
Agora, com a "minha" Mira por perto, tenho peito e atrevimento para enfrentar os desafios.

Por exemplo, este vestidinho Chanel, é coisa de cair para o lado, tal a emoção que em mim provoca.
Logo, eu quero!

Este casaco, num tecido precioso, combinado com calças muito justas, confeccionadas numa seda grossa, eu  (também) quero!

Que dizer deste conjunto!?
Calças Marlene Dietrich conjugadas com um casquinho debruado!
Também quero, evidentemente!

E este vestido assimétrico, num jersey manchado, para combinar com blusão de couro ou de jeans?
Também, igualmente, quero!
Quero tudo, sem opções, sem excluir nada!
Longe, portanto, da definição de "dilema".
Dilema nenhum! Quero tudo!
Só não sei, ainda, por onde começar, mas por onde quer que seja, é para dar continuidade a uma série de desejos que não param de crescer.
Quanto mais desfolho a Burda, mais paixões me invadem!
Ainda mais arrebatada, capaz de enfrentar os maiores desafios, me sinto,  se, ao lado da foto, encaro a classificação "fácil"!
Segunda-feira vou às compras e seja o que Deus quiser!

Beijo
Nina

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Mira!





Conheci a Mira  aqui, na blogosfera.
Não sei quem visitou quem, sei apenas que começamos a "encontrar-nos" e a trocar ideias.
Gostei, desde o primeiro dia, do conteúdo do seu blog:
COSTURA!
Eu que, pretenciosa, ameaço que ainda vou saber costurar, encantei-me.
Nos comentários, fiquei a saber que a Mira vive na mesma cidade que eu e, embora esta seja grande, no meu inconsciente, começaram a criar-se pontes.
De repente, uma ideia nasceu:
-Porque não aprender a costurar com a Mira?
Da ideia aos actos, foi um pulo.
Trocamos mails e telefones.
Conversámos.
Gostei dela, ao primeiro contacto.
Simples, afável, muito simpática!
Combinámos um encontro e, esta tarde, aconteceu.
Mira vive no nascente e eu no poente. Para a encontrar, atravesso a cidade. Mas nada me demove.
Visitei a Mira em casa. Reforçou-se a ideia. É um encanto de pessoa.
Vi os trabalhos que confeciona:
- Tudo muito perfeito, tudo de muito bom gosto, com um acabamento impecável, fruto da experiência de muitos anos.
Mira recebe  encomendas, reproduz modelos, executa transformações e a mim, bafejada pela sorte, aceita-me como aluna.
Não poderia estar mais feliz!
As aulas começam na próxima semana, de acordo com a disponibilidade de cada uma.
Ainda que não me transforme em mestra no ofício, saio a ganhar porque conheci uma pessoa adorável, uma profissional de alta competência a quem sempre posso recorrer e, assim espero, uma amiga.
- Mira, oxalá eu seja a primeira de muitos e bons encontros de que possas beneficiar.
Por mim, já sabes, estou aqui para ajudar.

Beijo
Nina

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Alfaces



É um clássico, umas folhas verdes que fazem sempre boa companhia, qualquer que seja o prato.
Sem estação própria, compram-se ao longo do ano em qualquer supermercado, do mais gourmet ao mais simples.
Comemos, portanto, quilos de alface, se contabilizada fosse no final do ano.
Sendo planta de pouquíssimas exigências, responde bem aos agricultores inexperientes, como é o meu caso.
Então, quando ao sábado, pela manhã, (re)visito a feira de Cerveira, fazendo um desvio, tomando um atalho , deixando para trás os gritos da "bela carteira Carolina Herrera" e "autênticas camisas Façonnable", chego à zona dos víveres, às bancas de pão e bolos, às dos queijos, presuntos e enchidos e, finalmente às das flores e plantas.
Tenho fornecedor fixo a quem sou fiel.
Ele, um rapazote de 16 ou 17 anos, na euforia do convívio com os espanhóis que, na feira são em maior número do que os portugueses,  na euforia, dizia, que lhe permite o tratamento por "tu", aplica-o, sem maldade e sem cerimónia , à minha digníssima pessoa, que nada faço para o dissuadir. Ao contrário, achando-lhe piada, incentivo-o no " tu cá, tu lá"
Somos, pois, íntimos e algo cúmplices.
Partimos para o negócio:

- Quero uma dúzia de pés de alface - informo.
-De que qualidade queres? (atenção à intimidade...)- interroga-me.
-Da melhor - respondo do alto da mais suprema ignorância.
- Vais levar 6 de cada qualidade - decide o entendido. E ainda te ofereço mais um pé - acrescenta, magnânimo.

Pago 1€ e retiro-me do salão.
Depois, é só fazer uma covinha na terra da floreira, enfiar a raiz da alfacezinha, regar e esperar que cresça e desabroche.

Assim, linda e viçosa.
Com  a Helena, (que além de talentosíssima na costura, possui e fornece dicas inestimáveis) aprendi que, lavar a folhagem, guardando-a no frio, hermeticamente fechada, facilita a preparação das refeições.
Assim fiz:

E cá está ela pronta para ser salada.

Sábado, reporei a reserva de alface. 13 por 1 €. Com direito a tratamento por tu e cumplicidade implícita.

Beijo
Nina












quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Hoje ...


...melhorou um pouquinho, não havendo o vento ciclónico de ontem, mas continuando a estar muito frio com esta chuvinha miúda que persiste em cair, sem tréguas.


Para enfrentar a intempérie este vestido, a minha coroa de glória.
A foto não lhe faz justiça, desvirtuando-lhe a cor, um verde pistachio lindo, lindo.

Já tem 2 ou 3 anos e até já o tinha mostrado nos primeiros dias do blog.
É quente, é muito quente e só o visto quando o termómetro o permite.
É tão quente como confortável e, já agora (perdoe-se-me a imodéstia...) como lindo!
A borboleta na gola é porque sim, porque gosto do brilho, da cor , da sugestão de voo.


Na cintura, tricotei umas carreiras de canelado, o melhor amigo das tricotadeiras incipientes.
Ajusta-se ao corpo disfarçando presumíveis erros de cálculo durante o tricô.
O cinto sublinha.
E como e quanto eu gosto de cintos!

A saia termina assim, numa espécie de zig-zag ...

... e desenvolve-se num padrão em losangos rendados.
Evidentemente que a minha competência não daria para tanto, mas gostava que desse!
E como gostava, dei em investigar, em consultar livros, decifrar esquemas, que a necessidade aguça o engenho.


Neste livro descobri tudo.

É uma verdadeira Bíblia do tricô.
Cheio de esquemas, explicações claríssimas, mesmo para a mais ignorante das criaturas.

Não sei ao certo como veio parar às minhas mãos. Desconfio que o herdei da minha mãe e mais do que isso não posso informar.
Mas que é uma preciosidade, é!
Já tenho encontrado outros na FNAC, mas nem de longe, nem de perto se lhe equiparam, sendo, ou demasiado primários, ou demasiado intrincados para a minha aptidão.
Vi, por exemplo, alguns em inglês, mas, não possuindo ( como o outro ...) habilitações em Inglês Técnico, a ajuda é nula.
Pronto. Deixo a foto do livro. É o máximo que posso fazer.

Voltando à fatiota.
Pois fui de verde pistachio e preto. Meias opacas, sapatos, mala e casaco comprido. Tudo preto. 


Os sapatos, com este ar fashion, são meus há anos.
Comprei-os em Vigo e acho até que a sapataria já fechou.

Cheios de tachas ...

... hiperdecorados ... a maior das tendências actuais.

Quase concluo, com medo, com muito medo, que possuo poderes divinatórios.
Assim, se tudo o resto falhar, posso sempre iniciar uma carreira de vidente com capacidades premonitórias.
Que os sapatos estão aí e não me deixam mentir!

Beijo
Nina


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Agendada para hoje ...


... tinha uma ida ao cabeleireiro, coisa chata, coisa para durar, para se prolongar pela tarde, com corte e aplicação de tinta nas madeixas que, teimosamente, começam a apresentar uma tonalidade amarelada que me irrita.
Falo, portanto, de planos, de listas de afazeres.
Não era dos que me agradam, mas era, sem dúvida, dos imprescindíveis, já que esta juba de leão do circo, deixo para o próprio, isto é, para o leão.
A manhã, ventosa e fria, não fazia prever a tarde.
Depois de almoço, começaram a cair os primeiros pingos, pesados, grossos, assustadores.
De repente, ficou assim:


Um dilúvio ...
Lá ao fundo, o mar, indistinto, dissolvido na cascata de chuva.

... uma tempestade desfeita!
Ora, como já referi, ia ao cabeleireiro pelos cabelos, arrastada pela força leonina que ostento.
Algo tinha (tem) que ser feito!
Mas assim, impossível!
Fiquei, pois, no remanso do meu lar.
Ocupadíssima, sublinho.

Já , em tempos, informei, que congelo as claras.
Há sempre claras que sobram dos hiper -calóricos bolos.
Com o meu lado formiga, que se recusa a desperdiçar comida, guardo e rotulo as claras.
Estas, quase descongeladas, esperavam vez que chegou hoje.


Bolo de claras, bolo de prata, bolo de aproveitamento ... chame-se-lhe o que se quiser.

Para lhe dar uma gracinha, um caramelo ...

... que cobrirá o fundo de uma forma, que será coberto por fruta. neste caso bananas.

Bolo no forno por uma hora ...

... bolo desenformado.
 Enquanto o dito assa, preparo pão.
Oh! invenção genial, a máquina de fazer pão.
Anárquica, não obedeço a regras. Misturo farinhas, sementes,invento, arrisco ao sabor da inspiração do momento e dos ingredientes que encontro no armário ...

Farinhas e água ..


Cresce  e coze...

Transformando-se nisto!
O pão demora mais de 3 horas a ficar pronto.
Muito tempo para rentabilizar, portanto.
No blog, mais de 1 hora só para responder a comentários.
Muito tempo imobilizada, muito frio, apesar de estar vestida para enfrentar a intempérie:

Vestido e casaco de lã. Insuficientes.
Acendi a lareira e tudo mudou:

1 hora de leitura, voou, mergulhada no clima equatorial de uma fazenda no golfo da Guiné:

Um bom romance é aquele que nos aprisiona, que se apodera de nós.
Eis um bom romance!
Chamo a atenção para a caixa de bombons, ali ao lado, como quem não quer nada, falsamente inocente!
A tarde terminou com feijões!
Exactamente, com feijões!
Deixo uma embalagem completa, hidratando, de um dia para o outro. É imenso feijão!
Há que dar-lhe saída! Como? Congelando, em frascos (não muito cheios que a solidificação tem o irritante costume de fazer aumentar o volume, levando à inevitável fractura do frasco e ... adeus economia!).

Cada frasco será utilizado separadamente ou não, de acordo com o propósito a que se destina.

Bem fechados, frio com eles, que é onde se encontram neste momento.
 E assim decorreu a tarde de uma dona de casa ocupada que queria ir ao cabeleireiro tratar da beauté e dos amarelos, mas ...

Beijo
Nina