domingo, 11 de novembro de 2012

Domingo!


Vamos sofar! Isto é, passar a tarde no sofá! Posso gastar todas as horas que muito bem entender, ali, no meu canto do sofá, mas acontece que, só ao domingo, ele tem este gosto único.
Para o atingir, há passos imprescindíveis, que começam por tirar os sapatos. Ao domingo, nada de sapatos.



 Estas meiinhas, com antiderrapante, são parte do esquema. Sem sapatos, salta-se para o sofá com o a liberdade  de um gato.
Se houver uma mantinha fofa por perto, melhor.



Depois, com o tricô libertador entre mãos, as séries gravadas, sucedem-se na TV, uma a seguir à outra.

De repente, porém, apetece intervalar.




Fazer pão, por exemplo, enriquecendo  a receita original ao sabor do impulso.
A este pão rústico acrescentei sementes de sésamo e um monte de uvas passas.
A casa enche-se, então, com o perfume irresistível do pão recém cozido.
Apetece chá e uma fatia de marmelada que, de jovem, ainda não endureceu na consistência que a perpetuará até aos próximos marmelos.


É assim que gosto dela, sem rigores de fatia, quase espapaçada sobre o pão.

E depois há as castanhas, que hoje, São Martinho, é tempo delas. Cozidas ou assadas, tanto faz, após uma, come-se outra, num ritual sem quebras.

Castanhas e amêndoas com casca, desafiando determinações e força para romper a dura casca.
A nota de cor, a vitalidade do vermelho,vem das romãs, mais romãs, rainhas do outono.

O domingo está a acabar.
Lá fora, noite escura.
Só para a semana há mais!
Que isto das delícias não ocorre quando se quer, não!
É preciso que seja domingo!

Beijo
Nina