sábado, 15 de setembro de 2012

Ainda Darwin, ainda a adaptação, ainda o homem ser um animal de hábitos, ainda blá blá …


Concluo, 15 dias decorridos, que Darwin continua assertivo e atual!
Adaptação é tudo, é vida, é evolução, é cumprir o mandamento número 1 da existência humana que se resume à busca da felicidade, coisa bem concreta, inteiramente dependente do contexto, com umas regrinhas a cumprir.
A saber:
Se não podes vencê-los, junta-te a eles;
Toda a moeda tem duas faces, uma boa outra má;
Não vale a pena lutar contra o inelutável, ou, como magistralmente proclamam os brasileiros, “não vale a pena dar murro em ponta de faca”





Tudo, para concluir que me adaptei ao decrépito Oásis e que o choque inicial se foi desvanecendo aos poucos, ao ponto de me confrontar com o lado bom do local, porque, por mais inacreditavel que pareça, tem um lado bom, bom e bonito e concretizo:



Esta vista, este espaço exterior é o que de mais espetacular se pode exigir a um refúgio de férias.
É de tal modo paradisíaco que quase me esqueço das toalhas que não são mudadas diariamente, da falta de internet, da higiene discutível do espaço.
Quase,  porque ele há coisas que nem Darwin consegue comprovar no processo evolutivo da adaptação.




Também gosto de não me preocupar com o look.
Gosto desta liberdade desusada.
Gosto de não precisar de maquialhagem.
Gosto de deixar o cabelo secar sem secador, sem que com isso me sinta uma bruxa.
Gosto das havaianas.
Gosto das unhas sem verniz.
Gosto de me sentir liberta, pouco ou nada cuidada e ainda assim, muito bem.
Gosto de não entender uma única palavra do que estes holandeses hóspedes, trocam entre si.
Gosto de conversar e não ser entendida pelos colegas de sala de jantar.
Gosto de dizer bom dia e receber em troca uma saudação incompreensível.
Gosto disto e dos 15 dias que passaram voando.
Gosto do azul deste céu que no mar mergulha.
Gosto de ter gostado.

Beijo
Nina