quarta-feira, 23 de maio de 2012

O meu mundo verde!


Retomando rotinas, depois de encaixar no respetivo nicho cada elemento deslocado durante o fim de semana prolongado, tarefa que só a mim cabe, retomei as rotinas e ontem a tarde foi de costura.
Uns arranjos mais ou menos chatinhos, mas que alguém tem que fazer e, depois, o gozo puro de costurar porque sim, porque me apetece, ao sabor do impulso e da imaginação


No fundo de uma gaveta repousava este paninho bordado. Desconheço em absoluto como entrou na minha posse, mas, observando-o, conclui que poderia ter um destino muito mais risonho do que o descanso eterno no fundo da gaveta.

Assim sendo, voou para a capa de uma almofada, irmã gémea de outra que aqui já mostrei.

E cá estão elas, as duas meninas vestindo pintas sobre um fundo de libélulas.

O acabamento é rigorosamente igual, com laçarotes prendendo a capa  à almofada.

Com um zig-zag branco, concretizei a sutura.

O bordado singelo parece-me manual. Interrogo-me sobre a autoria do feito.

A cor não é absolutamente real. Parece amarelada, quando, de facto, é de um intenso verde pistachio.

Sobre o sofá branco resultam em cheio e convidam ao descanso, a uma leitura  tranquila num mundo verde.

Num recanto, uma secretária que atravessou  e sobreviveu a gerações. Estava na garagem, feia, riscada, medonha.
Depois de limpa e pintada, recebeu um vidro grosso que cobre todo o tampo.
Aí irá instalar-se a máquina de costura.

A cadeira, também ela velha, recebeu o mesmo trato, bem como a almofadinha de retalhos que já aqui mostrei.

O espelho pertencia a uma velha mobília de quarto, há muito desmantelada.
Foi igualmente pintado e, em breve, ocupará lugar de destaque na parede de cor sobreponível.

Esta estante sobreviveu, igualmente, a mais que uma geração, Agora aloja a minha coleção de Burdas e tudo o mais que a minha " perícia" de costureira vier a exigir.

Ei-las, as minhas Burdas adoradas, promessa de façanhas incríveis....

Os meus quadrinhos em ponto de cruz, que tanto trabalho me deram, prontos, aguardam oportunidade para, lampeiros, saltarem para uma parede.

Esta espreguiçadeira exibe almofadas que constituíram a minha primeira incursão no mundo dos tecidos, linhas e agulhas.

Lá fora, espreitam as primeiras hortênsias.

Cá dentro, num ambiente quente e luminoso, é isto que se vê! As plantas crescem ao Deus Dará!

Tropicais ou não, competem entre si numa disputa de mata cerrada.
São maravilhosas!

E, do nada, surge uma rainha, linda como esta!

Um pouco mais de arranjo e teremos atelier, um pouco mais de paciência e, dentro do meu mundo, outro surgirá.
O meu mundo verde!

Beijos
Nina