quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sedução!

Há muitas formas de sedução. Suponho que muitas mais do que sedutores .
Há, contudo, um sedutor, particularmente fotogénico, especialmente cinematográfico, diabolicamente construído para abalar os alicerces do universo feminino.
Refiro-me, concretamente, ao sedutor/cozinheiro.
Aparece nos filmes, sempre numa cozinha espetacularmente bem montada, com amplas bancadas, uma vasta mesa, objetos cintilantes e pirâmides de vegetais e frutos coloridos.
Aí, o sedutor, move-se com à vontade, arregaça  mangas até ao cotovelo,  improvisa um avental, abre uma garrafa de vinho, serve-se de um copo que beberica e dá inicio ao mágico bailado da preparação do jantar, entre ervas finamente picadas e o chiar da gordura quente,  expirando  nuvens  olfativamente deliciosas que, em breve, receberão a deusa abençoada com tal príncipe.
Esta, confesso, é uma debilidade minha, uma fantasia que alimento secretamente, um desejo subliminarmente implantado no mais profundo do meu inconsciente.
Era, para ser rigorosa, era tudo isso, até que ontem, por e-mail recebi este texto.

Suplico, repito, suplico, que o leiam até ao fim, como quem beberica um copo de vinho tinto, "do bom, claro":



RECEITA DE FRANGO AO VINHO

(Tinto de preferência)
Ingredientes
- 1 garrafa de vinho (do bom, claro!)
- 1 frango de aproximadamente 2 kg
- sal, pimenta e ervas de cheiro a gosto
- 150 ml de azeite virgem
- nozes moídas q.b.

Modo de preparar:

- pegue no frango
- beba um copo de vinho
- envolva o frango com sal, pimenta e as ervas
- barre com azeite
- beba outro copo de vinho
- pré-aqueça o forno aproximadamente 10 minutos
- sirva-se de uma boa dose (caprichada) de vinho enquanto aguarda.
- use as nozes como aperitivo
- coloque o frango numa assadeira grande.
- sirva-se de mais duas doses de vinho.
- Axuste o terbostato na marca 3 , e debois de uns vinte binutos,
- ponha a  assassinar.
- digu: assar a ave.
- Beba outra dose de vinho
- Debois de beia hora, formar a abaertura e gontrolar a assadura do bicho.
- Tentar zentar na gadeira.
- Sirva-se de uoooooooootra dose generosa de vinho.
- Cozer(?), costurar(?), cozinhar, sei lá, voda-se o vrango.
- Deixáááár o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas.
- Tentar retirar o vrango do vorno. Num vai guemar a mão, DASSSSS!
- Mandar mais uma boa dose de vinho p'ra dentro . De si, é claro.
- Tentar novamente tirar o sacana do gansu do vorno, porque naprimeira
teenndadiiiva dããão deeeeuuuuuu.
- Begar o vrango que gaiu no jão e enjugar o filho da buta com o bano
de jão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois avinal
você nem  gosssssssssta muito desse adimal mesmo.
- 'Tá Bronto.
Assim, de repente, como quem revela a uma criança que o Pai Natal não existe, se escaqueira uma fantasia!
Ainda não parei de rir!

Beijos,
Nina