segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ainda o vestido...


Recebi tantas ajudas, tantos conselhos, tantas sugestões, que, resolvi, começar por aplicar as medidas menos drásticas:
-Nada de cortar, nada de desmanchar, antes, recorrer ao velho e sábio cinto.
Meti na cabeça que, bom, bom, era encontrar um com a mesmíssima cor do vestido. Por isso, esta manhã, lá fui ao Shopping, com amostra da linha em punho, tentar descobrir o dito.
Nada! Igual, rigorosamente igual, não vi nada.
Vi parecido, mas para parecido, prefiro diferente, contrastante.
Assim, regressei a casa, não de mãos vazias, porque, já que lá estava, no templo da tentação, comprei duas calças ( estou muito, muito envergonhada, mas igualmente feliz!), e, na gaveta dos cintos ,cá em casa, encontrei um que me pareceu adequado:

Este, largo, em elástico castanho, rematando com uma aplicação de couro, que fecha através de duas fivelas.
As sandálias (Furla), também em castanho, com salto alto, emprestam uma certa elegância ao conjunto, de tal modo que até me esqueci da amplitude excessiva da saia.

Apesar do sol, sopra um vento norte gelado.
Vesti esta peça em jeans que comprei numa feira de rua em Sanremo, Itália.
Hei-de falar sobre esses lugares incríveis que só existem em Itália e onde a dificuldade consiste apenas em selecionar os tesouros exibidos.

O colar maxi, veio igualmente de Itália.
Algumas das pedras são do tom do vestido e outras, transparentes, adotam o seu colorido.

Voltando ao casaco, tem umas aplicações em pelo, verde pistachio e uns detalhes bordados que só os italianos sabem produzir.

O cinto alto, anula o corpo curto, na perfeição... 

e a conjugação parece-me feliz.

A gola em pele, inesperada numa peça ligeira e fresca, torna o casaco único e muito do meu gosto.
Penso que umas meias escuras, opacas, resolverão o pequeno constrangimento da altura da saia.
E, o que ontem era um desastre, hoje é uma simpática ocorrência.
Não é bom ser assim?
Não é bom desdramatizar?
Suponho que se trata de uma vocação inata para estar bem, para ser feliz.
Sou, portanto, uma abençoada sortuda, capaz de tirar pão das pedras.

Beijos
Nina