quarta-feira, 7 de março de 2012

Não sei como se chama,

... alta, esguia, elegante, exótica e distante.
Sigo-a com o olhar quando atravessa o meu horizonte.
Não sei se o encantamento é só meu, não sei!
 Magnetiza-me tão fortemente, que acompanho a sua passagem como se do único e último ser vivo se tratasse.
Vive na minha área, respira o meu ar, sente o mesmo vento que sai do mar, húmido, fresco , ligeiramente salgado.
Talvez por isso, envolva a cabeleira numa sobreposição de lilazes degradé, protegendo os louros cabelos que deles escapam em mechas douradas.
Esse é parte do sortilégio, a ousadia da conjugação do roxo com amarelo.
Nada tem de moderno, de provocatório.
Parece intemporal, uma figura que, desde o princípio dos tempos, imune a tendências, independente de modas, sempre existiu, limitando-se a passear a sua perfeição, superior a comentários, segura da sua eterna beleza.

Chamo-lhe lírio! 


E venero a sua perfeição.
Beijos
Nina