sábado, 14 de janeiro de 2012

Por terras de Cerveira ...

... deparei-me com uma lojinha de artesanato que , na montra, exibia estas gracinhas:




Figuras em barro, coloridas, ingénuas, representando as atividades agrícolas locais.

A última ceia, pormenorizadamente documentada.

Um pouco mais à frente, uma minúscula venda de produtos biológicos, apresenta esta janela:

A renda em croche verde despertou em mim uma enorme vontade de a copiar.
É fácil, muito fácil, e adequada como remate para uma janela de cozinha.

Entrando no recinto da feira, comprei este retalhinho para juntar a muitos outros que esperam destino:
O azul é a cor dominante, com laivos de preto.
Nada de especial, não fosse o caso, de ao mesmo tempo, outra pessoa se ter interessado pelo tecido.
Era um homem, enorme, falando português com forte sotaque inglês.
Com a vendedora trocou ideias sobre a utilização do pano, parecendo-lhe muito adequado para a confeção de uma camisa.
Além deste, de um xadrês em tons cinza, comprou 20 cm para a realização de um papillon ( um lacinho).
As compras tiveram, naturalmente, a benção da vendedora, que, soberana, considerou a conjugação magistral.
Pude observar o cliente, enquanto o negócio se realizava.
Para além do tamanho descomunal em termos de volumetria, o sujeito não passaria despercebido onde quer que fosse.
Vestia calças em tons de verde  e um casacão às riscas de várias cores.
Era muito estranho!
Quando se afastou, depois de pagar, a vendedora confidenciou-me que se tratava de um professor inglês a viver nas imediações, seu fiel e habitual cliente, que confecionava as suas próprias roupas, assim como as da mulher.
Um artista, portanto!
Indiferente às modas e às conveniências, com um pedaço de tecido, deliciava-se a criar!
Achei lindo!
Principalmente porque não sou mulher dele ...

Beijos
Nina