domingo, 11 de dezembro de 2011

Esta casa é um lar!


Adriana V. Piacezzi, dona de um blog incrível, é a autora da declaração que serve de título a este post.
Fê-la, quando mostrei o caminho, na cómoda do meu hall de entrada.
Ao responder ao seu comentário, deparei-me com textos belíssimos e uma criatividade artística impressionante.
A Adriana é uma pessoa especial, com cujo contacto saio sempre a ganhar, mais rica e com horizontes mais amplos.
Repito, está é a beleza da blogosfera.

Sendo que à Adriana devia esta referência, o entusiasmo pela recém descoberta costura, que coloca ao alcance das minhas mãos, ousadias até agora inimagináveis, vem crescendo de uma forma apaixonante,
que me apetece compartilhar.
É que um nada, transforma, efetivamente, uma casa num lar.

Assim, com 1 metro de tecido próprio para estofar sofás, mais concretamente, chenille ( 18€), esse é o seu nome, passei a fria, triste, cinzenta e chuvosa tarde de domingo, mergulhada em fios, linhas, alfinetes, tesouras e uma fita métrica, colar majestoso à volta do pescoço

Para um móvel grande, com 2 metros de comprimento, fiz este caminho que lhe recobre o tampo, aqui e ali marcado por arranhões de objetos mal deslocados.
O fundo é bege e a estampa, castanha.



Sobre este móvel repousam objetos de enorme valor sentimental, como é o caso desta terrina, cuja tampa apresenta sinais de fratura.
Veio da cozinha da minha avó materna e recebi-a, generosamente oferecida, por uma tia.

Encontrei este prato em Tavira, no Algarve, numa loja de velharias e comprei-o por quase nada.


Da mesma loja, veio esta caixa de chá, em casquinha gravada, que certamente, se pudesse falar, teria lindas histórias para contar.

A terceira peça, adquirida na mesma altura, foi esta peça de vidro gravada.
Suspeito que a tampa não é original, dado que não encaixa perfeitamente.
No conjunto, são veículos de viagem ao passado, quando o plástico não invadira ainda as nossas vidas.

Estes conjunto é atualíssimo, mas acompanha bem as velharias.

Agora, com um caminho por base. tudo cresceu em encanto.


Custou quase nada e uma tarde de domingo.
O remate com a fita de seda é uma ousadia delirante da minha imperícia, de que não me arrependo, já que as minhas (queridas, queridíssimas) mentoras me incentivam dizendo que se aprende a costurar, costurando.

Mais duas almofadas.
Vestem o recheio de duas velhotas sem graça que por aqui estagiavam.
Agora sim, o sofá está composto, completo, elegante, convidativo.
 Nunca imaginei  que a costura proporcionasse tais dividendos em termos de prazer.
Sinto que perco o medo e que tenho de me acautelar para não dar um passo maior que a perna.
Para já, tem corrido bem e publico os resultados para incentivar as mais medrosas a embarcarem nesta aventura.

Beijos
Nina