segunda-feira, 9 de maio de 2011

LYGIA FAGUNDES TELLES

Ontem, na revista Pública, li um artigo sobre esta escritora brasileira.
Não conheço o seu trabalho, mas a história da sua vida empolgou-me de tal forma que vou tratar, imediatamente, deste lapso no meu conhecimento.
Fiquei a saber que é uma senhora de 88 anos, que " sobreviveu a todos os seus amores".
Que "... os contos continuam lancinantes...", mas que a sua voz está "...apaziguada".

Pela sua própria voz, tomamos conhecimento de um episódio com ela ocorrido há tempos atrás e que a define como ser humano, mas, essencialmente, como ser humano na sua relação com os outros, com a sociedade.
Foi assim que tudo se passou:

Uma noite, à saída do cinema a que tinha ido sozinha, encaminhou-se a pé para a sua residência, seguindo por uma rua quase deserta, no centro de São Paulo.
A dada altura do percurso, ouviu o roncar do motor de uma moto que a seguia, mas não a ultrapassava.
Abrandou o passo para confirmar os seus receios e a moto seguiu-lhe o exemplo.
A um quarteirão de distância da porta da sua residência, segura que iria ser alvejada pelas costas, deixou-se dominar pelo pânico e correu o mais depressa que podia.
Não alcançou a porta e foi alcançada pela moto.
Dela, soltou-se uma voz de homem jovem que gritou:

EU TE AMO LYGIA FAGUNDES TELLES!

Quero conhecê-la!
(Queria ser amada assim...)

Beijos,
Nina