terça-feira, 26 de abril de 2011

Bordados 2

Cá em casa, habitualmente, mudamos os lençóis à segunda-feira.
Tenho , como estratégia , para garantir a rotatividade, mantê-los arrumados em duas pilhas, de modo que, se retiram da pimeira e se repõem na segunda, depois de lavados e passados.
Hoje, quando procedia a essa operação, verifiquei que chegara a vez deste conjunto, de que gosto particularmente:






Este conjunto foi bordado ( por mim, é verdade...) ao mesmo tempo que o outro já exibido em Bordados
quando, pela persistência, consegui alcançar um resultado satisfatório que, atualmente, me está completamente vedado.

Aprende-se a bordar, bordando, tal como se aprende a escrever, escrevendo.

Este desenho é, em si, uma obra de arte.
 Foi retirado de uma revista italiana, RAKAM, que continua a publicar-se e que, às vezes, ainda compro, mas que, infelizmente, não vale um décimo do que valia há 20 anos atrás.
A combinação do azul e verde é arrojada para os padrões normais, mas a natureza não se rege por eles e impõe os que muito bem lhe apetece, sendo que o resultado é sempre insuperável.

Reconheço que não são lençóis para os dias que correm, mas lá voltamos nós ao problema do tempo.
O tempo é uma realidade subjectiva, é aquilo que fazemos dele!
Se valorizarmos o espetáculo  visual que é uma cama feita assim, com tempo, com cuidado, concluiremos que foi tempo bem empregue.

Afinal, o que é a vida se não uma série de momentos pequeninos  que sobressaem da rotina dos dias?
Gosto, verdadeiramente, de alimentar esses momentos, feitos de pormenores de que se pode, mas, se estiver ao nosso alcance, não se deve prescindir.

Beijos,
Nina