domingo, 24 de abril de 2011

Quem semeia ventos ...

Colhe tempestades.
Mas o inverso é também verdadeiro.
Lembram-se das dores nas costas de que me queixava no último domingo, após uma puxada sessão de jardinagem?
Pois bem, o investimento rende doces juros.
Esta manhã, após uma semana chuvosa, encontrei , pujante, a minha hortelã que julgava morta.
Afinal estava apenas adormecida e já a apliquei na feijoada de camarão que servi hoje ao almoço e num Mojito, cuja receita forneço na minha cozinha.
Igualmente delicioso é o chá feito com as suas folhas e servido com muito gelo, como aprendi em Marraqueche, Marrocos.
Observemos a plantação, que, pela  amostra, será invasiva:


A segunda surpresa foi ainda mais magnífica.
Há dois anos, comprei um pequeno rododendro, cuja etiqueta antecipava um arbusto com luxuriante floração rosa ou roxa.
Segui todos os preceitos:
Ampla floreira, rega moderada, adubação intermitente ... Nada.
Na  China, vi maciços destas flores enfeitando os jardins dos palácios imperiais.
Eram extraordinários.
Cheguei a comprar um tecido para reposteiros e para forrar um sofá, em chintz inglês, que reproduzia o deslumbramento destas fores.
Desta maneira obsessiva eu as desejava, sem saber o que mais podia dar-lhes para ter êxito.
Descobri hoje:
TEMPO!
Precisavam de tempo de  maturação para atingirem este esplendor:






Valeu a espera!

Temos a péssima tendência de esquecer que o tempo é o nosso bem mais precioso e o único que, na realidade realiza milagres.
Podem, se concordarem, extrapolar este conceito para todos os domínios da vida.

Beijos,
Nina