quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nada como um dia atrás do outro ...

A neura com que ontem me rebolei, porque no fundo devia estar a gostar... (o nosso terrível lado masoquista, não perde uma oportunidade de se empanzinar), passou, passou mesmo. 



Esta manhã acordei cansada das grandes batalhas inconscientes que, seguramente, travei ao longo das horas, com frio, porque o Verão que não era mais que promessa, já se foi, vendo ameaça de chuva no céu carregado, mas viva, fula com este clima miserável, ensonada, mas viva, não apática, atordoada, fora deste mundo, como me dera ao luxo de estar na véspera.
O que é um enormíssimo desperdício.
É , atrevo-me a afirmar, PECADO.
A vida é curta de mais para ser desperdiçada, assim, tolamente, por insignificâncias.
Eu, com todos os enormes defeitos que tenho, afirmo, categoricamente, que não sou invejosa, naquele sentido rasteiro e pequenino, de ficar mal face às posses, propriedades e valores materiais dos outros.
Não, não sou minimamente invejosa, embora tenha objetivos, metas a atingir, ambições a concretizar.
Mas, se agora tenho  1000 e possibilidades correspondentes de concretizações, quando apenas tinha 10, era igualmente feliz, apenas porque não ambiciono o que não está ao meu alcance.
Num pormenor, contudo, devo admitir que sou invejosa...
- Sou invejosa de quem consegue desligar das chatices!
- Sou muito invejosa de quem consegue colocar os acontecimentos em perspetiva, isto é, sabendo que tudo passa, não abraçando os problemas!
- Sou muitíssimo invejosa de quem não se leva a sério, ciente  da nossa própria pequenez e transitoriedade face à imensidão do universo!
Mas eu ainda chego lá, à autoconsciencialização da minha dimensão de formiga ( que digo eu?...), de célula cósmica.
Portanto e recapitulando, quando me dá, dá-me forte, mas, obrigada Meu Deus!, passa-me rápido.

Assim, esta manhã, a chuva ameaçava e voltei a desempacotar as botas:



E ala que se faz tarde, porque se vejo aprovação nos olhos dos outros, espanto os farrapos de neura que teimam em persistir.
E vi.

Preparei um opíparo almoço que vai aparecer, daqui a pouco, na Cozinha da Nina, e, na hora acordada, eu  e a amiga convocada rumamos ao shopping.

Em plenas férias da Páscoa, o movimento triplicado lá estava.
Mesmo assim, compramos umas coisinhas para o Verão que tarda, mas não falha:




Ainda não experimentei nada, dada a possibilidade  de vestir em casa e devolver se não agradar, mas, assim à primeira vista, parece-me muito remota a hipótese de devolução.

Uma vez experimentados, submeter-me-ei, humildemente, ao vosso julgamento.

Beijos,
Nina

Dona-de-casa desesperada





Foi como me senti hoje, dia cinzento, com surtos de chuva a ameaçar trovoada.
Não sei bem como tudo aconteceu , e a rotina  até estava simplificada com a caminhada matinal impossibilitada pelo mau tempo.
O que sei, fazendo o balanço diário, agora que já é amanhã, é que senti uma pesada nuvem preta pairando sobre a minha cabeça, manietando-me as decisões e a disposição.
Deve ser porque sou, apenas, gente, e, de quando em quando, não funciono.
Só agora, e já passa da meia.noite, é que me sentei para deixar um registo mínimo do dia em que me apeteceu afastar-me , tirar férias.
Como as tempestades na sua absoluta inevitabilidade, estes momentos vêm e vão sem deixar rasto.
É bem possível que o dia, amanhã, nasça bêbado de luz e de sol e que eu seja novamente guerreira para todas as batalhas.
À cautela, combinei com uma amiga do coração uma investida para me inteirar das novidades, porque isto, como dizia o outro, para grandes males, grandes remédios e uma voltinha pelas lojas, com direito a lanche e a pôr a conversa em dia é, garantidamente, terapia de choque que, JAMAIS, me deixou ficar mal.

Escusado será dizer que, se houver compras fabulosas, mostrarei para inspirar as meninas.

Beijos
Nina