sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!







Que todas as listas de boas intenções se concretizem!
Que tenham saúde!
Que tenham Paz!
Que tenham o Amor e a companhia de quem amam.

Daqui por 1 hora já é 2012!
Aproveitemos todos os minutos.

Beijos
Nina

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E o céu aqui tão perto ...


Descendo de Andorra, em direção a Barcelona, confrontámo-nos com uma estrada de montanha que impõe um andamento lento, mas que, em troca, nos afaga os sentidos, liberta a alma que, apaziguada se eleva a outras alturas.



É o repouso absoluto, a paz imensa que invade e acaricia a mente exausta, gasta, desgastada pela passagem por Andorra, o paraíso do consumismo.

O rio, quase um riacho de águas cristalinas evolui a par com a estrada, cintilando entre uma vegetação de prata e pinceladas de neve.

Não se compra, não se vende.
Limita-se a estar, a ser.

Pronto para ser admirado e seguido, sempre gratuitamente.

O terreno é prata e , numa combinação de génio, as árvores também.

Ao fundo, o espesso manto de neve ...

e o silêncio, e o vento, e o céu azul e o sol brilhante.

Basta ser para ver!

Tenham um FELIZ ANO NOVO!

Beijos
Nina

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Andorra



Encravado nos Pirinéus, fazendo fronteira com Espanha e França, situa-se Andorra, um páis que acena aos turistas com as sua pistas de Sky e com um comércio isento de taxas.

As pistas lã estão, ano após ano, Inverno após Inverno.
Quanto ao comércio, é cada vez mais florescente, mais agressivo e menos compensador.




Longe vão os tempos em que em Andorra se faziam boas compras.
Agora, " são mais as vozes do que as nozes".

A partir do crepúscupulo, quando as pistas de sky encerram, multidões invadem as duas (principais ) ruas de Andorra la Vella.
Uma torre de Babel de idiomas absolutamente estranhos.
-São russos e vêm em chusma, esclareceram-me.

As ruas são, então, uma festa inebriante de luzes e as lojas são invadidas por compradores.



Grande parte circula ainda com os fatos de sky, que o frio é cortante.

Nas montras, persistem os motivos natalícios apelando ao consumo dos espanhóis que, tradicionalmente, trocam presentes no dia dos Reis.

Os preços, mesmo com IVA reduzido, são astronómicos, mas, garantidamente, há bolsas para tudo.


E mais luzes, cintilantes, embriagantes...
Andorra é um microcosmos estranho.
Os habitantes são, na sua esmagadora maioria estrangeiros, sendo desses, uma elevada percentagem de portugueses.
Àqueles com quem falei, detetei uma enorme ânsia de partir, conjugada paralelamente com a necessidade de manter os compensadores vencimentos que, em tempo de crise, não podem desdenhar.
Uma balconista de Viana, aqui há quatro anos, garantiu-me que odeia as montanhas, prisão sem grades que lhe corta o horizonte.
As maiores saudades são do quintal plano, onde a mãe cultivava couves.
Comovente, muito comovente.

Estive em Andorra durante 1 dia.
Fiquei farta.

Beijos
Nina

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Delírios, flores, fantasias, sonhos, rendas...

... de crochet.

Um dia, a Ana Paula mostrou-nos um livro magnífico sobre este tema.

Imediatamente lhe pedi dados precisos para o poder comprar.
Com eles fui à
Fnac, mas resultou em nada a minha iniciativa, " não tinham, não iam ter, não conheciam " a obra  em questão.
Tive pena, mas superei a frustração.

Até que ...
Voilá!
Achei!

Provavelmente não será o indicado pela Ana Paula, mas, mesmo assim, é uma delícia.
Cheio de cores, de pontos, de modelos de projetos.

Ei-lo:


Em toda a sua glória.
A autora, Melody Griffiths.
A editora, CICO BOOKS, London, New York

Ao acaso, fotografei algumas páginas, só para aguçar o apetite e antecipar as delícias.


Lindo!

Muito bem explicadinho.


Com flores!

Montes de flores!
E esquemas e propostas irresistíveis.

Custou cerca de 19€.
Vale cada cêntimo pelo prazer que proporcionará!

Beijos
Nina


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Porto Palafita



De regresso de Cádiz, pelo Algarve, subindo em direção ao Norte, encontra-se, perto de Grândola , um desvio para Comporta, em pleno estuário do Rio Sado.

Seguindo o litoral do estuário, uma placa indica "Carrasqueira".
Vale a pena o desvio!

À nossa espera, está um porto de pescadores, cujos barcos repousam em margens pouco profundas.
Circundando-os há caminhos construídos em passagens precárias e suspensas, sobre as águas.

Algumas construções rudimentares, aguentam-se, também precariamente, com os "tornozelos" mergulhados no pacífico Sado.
É um quadro magnífico, inusitado, de uma beleza tocante.


Um grande cartaz previne que a zona é protegida.

Um emaranhado de estacas ergue-se, então, do lodo do rio.

Pescadores circulam,na faina.

A carga viva, palpitante, são caranguejos arrancados do fundo lodoso.

Uma espécie de ponte, de passadiço, permite a circulação sobre as mansas águas.

Os barcos aguardam, tranquilos, no balanço imperceptível do Sado.
Lindos, coloridos, batizados com nomes queridos, amuletos para momentos de perigo.

Aqui guardam-se tesouros.
São redes, armadilhas para a pesca, garantias de subsistência.

A ponte é frágil, precária, mas convida, desafia o atrevimento.

Um espelho, é o que estas águas são.
Paradas, permitem observar  a vida que no lodo palpita.
Tábuas sobre tábuas, remendos sobre fendas.


Uma pintura abstrata não seria mais ousada, na sua fuga ao senso comum.

Este, bem português , afirma, "Vou andando", numa ortografia torta, mas comovente.

Aqui, esclarecem-se as dúvidas.

E aqui, a localização geográfica, precisa, está registada.

Em frente, em margens alagadas, cultiva-se o arroz.
E assim, de repente, somos postos face a face com congeminações arquitetónicas cujas raízes mergulham bem lá atrás, na história da humanidade.
Caprichosamente, persistem aqui.

Beijos
Nina

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Natal acabou, viva o Ano Novo!

Depois da maratona de ontem, na cozinha, após um íntimo e tranquilo jantar, a seguir a um almoço festivo, a festa acabou.
Como tudo na vida, o Natal , apesar do seu carisma sagrado, não tem como escapar ao transitório.
Apesar de exigir investimento de tempo e dinheiro, de horas de trabalho, esgota-se na sua duração precária.
Este  não fugiu à regra, à portuguesíssima regra de montes, montanhas de sobremesas, muitos ovos, muito açúcar.
Incontornáveis, as rabanadas:



Fatias de pão que estagiam numa calda doce, antes de serem fritas, após o que são generosamente polvilhadas com açúcar e canela.

Os bolinhos de cenoura e bolina, uma variedade de abóbora intensamente colorida .
Cozida a polpa, recebe frutos secos picados, mergulha em azeite quente e, de novo, a chuva de açúcar.

Leite-creme queimado.
Come-se todo o ano, mas no Natal, a sua ausência é imperdoável.

Aletria.
Mais ovos, mais açúcar, mais canela!
Mais calorias...

Formigos transmontanos.
Outro doce de colher.
A base é o pão, enriquecido com vinho do Porto, mel, canela e frutos secos.
A soma de calorias continua, implacável.

Bolo-rei.
Não há Natal sem ele.
Como companhia uns bolinhos de gemas.
Ai, Ai!!!


Lampreia de ovos.
Palavras para quê?
Foi  um presente (envenenado ...) de Natal.
São gemas e mais gemas.

Ovos? Só caseiros, de gema amarela, ouro puro.

Ao almoço, aqui em casa, come-se peru recheado acompanhado por batatas doces assadas.


Um arroz de legumes e passas, faz companhia ao bicho.

E os brócolos ao vapor, emprestam um ar saudável ao almoço.

Porém, sejamos realistas, estamos perante um episódio irracional, no que à alimentação diz respeito.
Não seria um almoço de Natal, se não fosse assim excessivo, irracional.
As sobras são imensas e já está tudo no seu devido lugar, embalado , dentro do congelador.
As montanhas de louça, lavadas e arrumadas, deixaram, novamente, a minha cozinha, com ar de minha cozinha. Assim:



Cada coisa no seu lugar.
 E, apenas os copos que exigem lavagem manual, aguardam ainda a viagem para o seu respetivo lugar.


Escorrem, brilhantes, limpinhos e, só depois serão guardados.

Preparemo-nos, agora, para a festa do Ano Novo.

Quanto a mim, será discreta e passada fora de casa, porque, é tudo muito bonito, muito íntimo, muito caloroso e aconchegante, mas ninguém é de ferro.

Beijos
Nina

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Finalmente, chegou a noite de Natal.
Tudo a postos e ainda faltam duas horas para o jantar, mas, depois de uma tarde inteiramente dedicada à sua preparação, o jantar está pronto.


Este centro tem ocupado a mesa de jantar.

Velas, abóboras, maçãs, um conjunto perfeito.

Somos quatro, mas com direito a tudo.

Rabanadas, bolo-rei, aletria, leite-creme, formigos, bolinhos de bolina, lampreia de ovos, seguir-se-ão ao bacalhau e polvo cozido  com legumes.
Um exagero.
Mas é Natal.
FELIZ NATAL!

Beijos
Nina